O Natal, era igualzinho ao que é descrito nos livros e visto nos cinemas. Calor humano, expectativa pelos presentes, filhós e rabanadas e a família reunida. A família e os vizinhos. A partilha era intensa e permanente e éramos todos família, com os amores e desamores de todas as famílias.
Num Natal, o “Pai Natal” foi generoso comigo.
Para não variar era um Natal muito branco e frio. Mas isso não me impediu de ir acordar o Nuno, logo de manhãzinha, para irmos brincar aos Cowboys e aos Índios.
O “Pai Natal” tinha-me metido no sapatinho duas pistolas plásticas (daquele plástico duro), com os respectivos coldres, uma estrela de xerife e ainda uma nota de vinte escudos. Loucura completa!
E lá andávamos, eu e o Nuno, aos tiros à volta da casa. A neve ajudava a escapar aos tiros, escondíamo-nos, fazíamos simulações qual Texas Jack ou David Crocket. Com o novo equipamento estava bom de ver que eu era o Cowboy e o Nuno o Índio.
Eis quando... fora do guião, o Nuno improvisou e montou-me uma armadilha. Com uma rasteira fez-me cair e partir uma das pistolas. Injustiçado, procurei fazer justiça através da arma que todos tínhamos e usávamos, uma pedrada. Só que foi mal direccionada... e ainda bem.
Parti o vidro da janela do meu quarto. Ao olhar melhor para o efeito da minha tentativa, frustrada, de "vingança", vi o rosto do meu Pai. Não vi só o rosto, vi também o dedo indicador da mão direita dele a sinalizar que o meu próximo passo era ir a casa…
E, eu fui que remédio.
A coisa não correu muito mal, podia ter sido bem pior:
- Passa para cá os vinte paus para pagar o vidro. Como era Natal livrei-me de uma, ou duas, lambadas.
Moral da história:
Um Natal tão profícuo em prendas desvaneceu-se em minutos.
Nem pistola nem os vinte paus.
Paciência, era a vida.
Num Natal, o “Pai Natal” foi generoso comigo.
Para não variar era um Natal muito branco e frio. Mas isso não me impediu de ir acordar o Nuno, logo de manhãzinha, para irmos brincar aos Cowboys e aos Índios.
O “Pai Natal” tinha-me metido no sapatinho duas pistolas plásticas (daquele plástico duro), com os respectivos coldres, uma estrela de xerife e ainda uma nota de vinte escudos. Loucura completa!
E lá andávamos, eu e o Nuno, aos tiros à volta da casa. A neve ajudava a escapar aos tiros, escondíamo-nos, fazíamos simulações qual Texas Jack ou David Crocket. Com o novo equipamento estava bom de ver que eu era o Cowboy e o Nuno o Índio.
Eis quando... fora do guião, o Nuno improvisou e montou-me uma armadilha. Com uma rasteira fez-me cair e partir uma das pistolas. Injustiçado, procurei fazer justiça através da arma que todos tínhamos e usávamos, uma pedrada. Só que foi mal direccionada... e ainda bem.
Parti o vidro da janela do meu quarto. Ao olhar melhor para o efeito da minha tentativa, frustrada, de "vingança", vi o rosto do meu Pai. Não vi só o rosto, vi também o dedo indicador da mão direita dele a sinalizar que o meu próximo passo era ir a casa…
E, eu fui que remédio.
A coisa não correu muito mal, podia ter sido bem pior:
- Passa para cá os vinte paus para pagar o vidro. Como era Natal livrei-me de uma, ou duas, lambadas.
Moral da história:
Um Natal tão profícuo em prendas desvaneceu-se em minutos.
Nem pistola nem os vinte paus.
Paciência, era a vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário