Lançado em 24 de abril de 1990, o Telescópio Espacial Hubble da NASA tornou-se uma ferramenta vital para expandir o nosso conhecimento do universo.
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| NASA-O Telescópio Espacial Hubble coloca a sua órbita a cerca de 540 quilómetros da Terra. |
O ano era 1990 e o calendário marcava 24 de Abril, quando, a bordo do Space Shuttle Discovery (STS-31), foi lançado o Telescópio Espacial Hubble, num contexto em que os astrónomos enfrentavam um obstáculo constante na observação do cosmo: a atmosfera terrestre.
A situação mudou para sempre com o seu lançamento: colocado na órbita terrestre no dia seguinte, deu início a 35 anos de exploração que permitiram descobertas de grande impacto científico, como a grande tempestade (ou “mancha branca”) em Saturno, a evidência de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia gigante M87 ou a imagem da Nebulosa da Ampulheta (MyCn18).
Segundo a NASA, o Hubble foi projectado para uma vida útil de 15 anos. No entanto, cinco missões de manutenção não só prolongaram a sua presença em órbita até aos dias de hoje, como também aumentaram as suas capacidades em simultâneo com os avanços tecnológicos em terra. Isto, juntamente com o facto de o Centro de Controlo de Operações do Telescópio Espacial no Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA assegurar o seu funcionamento ininterrupto 365 dias por ano, fez do Hubble uma ferramenta vital para a compreensão do universo.
No entanto, o telescópio não durará para sempre: está previsto que deixe de funcionar em 2036 e as suas funções serão sucedidas pelo seu irmão mais pequeno mas mais potente em termos de alcance e capacidade, o Telescópio Espacial James Webb (JWST), que entrou em órbita a 25 de Dezembro de 2021.
O Hubble, entretanto, deixará um legado indelével no campo da exploração astronómica, como tem feito até agora nas suas mais de três décadas de funcionamento. Estas imagens mostram os seus grandes contributos ao longo dos anos.
Ano 1
No seu primeiro ano, as imagens do Hubble mostraram a “mancha branca” de Saturno, uma grande tempestade localizada na região equatorial do planeta.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 6No seu sexto ano, o Hubble captou esta imagem de MyCn18, uma jovem nebulosa planetária em forma de ampulheta. Esta imagem foi, em 2000, tornada capa de Binaural, o sexto álbum dos americanos Pearl Jam.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 10
No seu décimo ano, o Hubble captou imagens de um enorme aglomerado de galáxias chamado Abell 2218, situado a cerca de dois mil milhões de anos-luz da Terra.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 11
A imagem de destaque do seu décimo primeiro ano foi a da nebulosa planetária IC 418, também conhecida por Nebulosa do Espigão. Localizada a cerca de 2.000 anos-luz da Terra, esta nebulosa representa a fase final da evolução de uma estrela semelhante ao nosso Sol.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 16
No seu décimo sexto ano, o Hubble obteve uma imagem da Nebulosa do Caranguejo, um vestígio em expansão da explosão da supernova de uma estrela.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 20
No seu 20º ano de vida, captou a visão mais pormenorizada do maior berçário estelar da Nebulosa 30 Doradus.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 26
Em 2016, no 26.º aniversário do Hubble, este captou uma imagem de uma parte da galáxia de Andrómeda (M31). Na altura, esta foi a maior imagem composta alguma vez reunida e a imagem mais nítida da nossa galáxia vizinha mais próxima.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 27
No ano seguinte, uma das imagens captadas mostrou o jacto Herbig-Haro 24 (HH 24), um objecto formado por uma estrela recém-nascida.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 32
A imagem em destaque no seu 32º ano foi a da estrela gigante vermelha CW Leonis. A uma distância de 400 anos-luz, é a estrela de carbono mais próxima da Terra.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
Ano 35
No seu 35º ano de actividade, no final de 2024, o telescópio aniversariante captou uma nebulosa planetária em forma de traça chamada 2899.
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| TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE / NASA |
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