Foi o segundo de um total de cinco fins-de-semana dedicados às 12 rotas de percursos pedestres já homologados nos cinco municípios da área territorial do PNRVT (Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Alijó, Vila Flor e Murça), mas que também pretende dar visibilidade à paisagem, património, cultura, tradição, gastronomia e produtos identitários.
Caminhadas com o limite máximo de 250 pessoas, “esgotam sempre com bastante antecedência”, refere a organização do PNRVT. Esta segunda edição arrancou na tarde de sábado, com visitas a quintas locais, provas de azeites e vinhos, teatro deambulante, demonstrações com aves de rapina e música tradicional portuguesa, culminando com um espetáculo de fogo e um momento musical.
No domingo, os participantes puderam explorar as paisagens naturais através da caminhada no PR8 MDL – Trilho de Vale do Conde - um percurso circular de 10,9 km com grau de dificuldade considerado “algo difícil”, ideal para aventureiros e amantes da natureza.
Caminhadas com o limite máximo de 250 pessoas, “esgotam sempre com bastante antecedência”, refere a organização do Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT).
“Um panamá verde, com o logotipo o Tua Festival de Percursos Pedestres” foi o brinde atribuído pelo PNRVT aos caminhantes que se inscreveram para os cinco fins-de-semana em que decorre o Tua Festival de Percursos Pedestres, um por concelho. “Conhecemos sempre sítios diferentes, passamos pelas aldeias, provamos os produtos locais, a paisagem é fantástica”, aponta Tânia, uma das participantes que juntamente com grupo de amigos, todos do Porto, se inscreveu para os cinco momentos do Festival. “Temos um amigo em Mirandela e foi ele que nos convenceu, desde a primeira edição. Gostamos e repetimos”, acrescenta o Pedro.
O Tiago, por sua vez, refere que estas caminhadas são “uma excelente oportunidade para estar com os amigos”, o caminho permite muitas partilhas de sensações, de dificuldades, de superação, permite observar a natureza tranquilamente e, em simultâneo, conversar com os parceiros, permite “experimentar novos sabores, provar os produtos locais e adquiri-los no produtor”. “É uma das partes melhores, levar a mala do carro cheia de produtos, alheiras, biscoitos, azeite e vinhos”, refere o Miguel.
Sente-se que o grupo está confortável na natureza, a dificuldade de algumas caminhadas não lhes mete medo e a Tânia aponta a última caminhada em Carrazeda de Ansiães, pelo Trilho das Quedas Altas, um dos trilhos mais desafiadores, como “o que mais gostou”. Na memória deste grupo estão outras experiências do Festival, como o ano em que celebraram uma Sexta-Feira 13 em Alijó, uma visita guiada ao Céu, com uma sessão de astroturismo em Abreiro, Mirandela e também em Vila Flor, onde também houve uma Festa Medieval.
O Tua Festival de Percursos Pedestres tem estas particularidades, ainda que as caminhadas sejam a essência das iniciativas, em cada um dos cinco fins-de-semana, o PNRVT, com o apoio técnico da empresa PORTUGALNTN, e cada um dos municípios envolvidos na organização, preparam programas diferentes, com novas experiências e novas formas de viver o território.
De entre os caminhantes que se inscreveram para todos os fins-de-semana do festival encontramos também muitos residentes no Vale do Tua.
O João, com apenas 11 anos, é um desses caminheiros que participa com os pais e que enfrenta “os desafios” sem qualquer problema. Os pais, Paula e Jorge, dão o exemplo. Gostam de caminhar e particularmente no Tua Festival de Percursos Pedestres onde já conhecem a maioria “das caras”, onde já fizeram muitos amigos. A Maria de Fátima de Abreiro, Mirandela, a Paula de Porrais, Murça, a Isabel, o Américo e a Marília de Carlão, Alijó, conheceram-se nestas caminhadas e formam agora “um grupo”, já quase como “uma família”. “Já falamos todos e combinamos participar noutras caminhadas, nos concelhos uns dos outros”, refere a Maria de Fátima. Dizem que conhecem muito pouco os municípios vizinhos e graças a este Festival já conhecem muitas aldeias, muitas pessoas e até muitos produtos dos outros municípios. “Do que gostamos mais é dos biscoitos do Cabeço, de Carlão e das amêndoas caramelizadas”, apontam.
“Não há descida sem subida, se não tiver alguma dificuldade não tem tanta piada”, dizem. À chegada de cada caminhada há sempre grupos de música tradicional à espera e não importa quantos quilómetros já tenham percorrido, não importa o desnível do terreno ultrapassado, as pernas aguentam sempre uns passinhos de dança, que na verdade refletem a alegria e a felicidade que estas iniciativas proporcionam.
O terceiro percurso será em Alijó, nos dias 24 e 25 de maio.

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