Reintegrar mulheres reclusas na sociedade é o objetivo de um projeto que está a ser coordenado pela mirandelense Cristina Passas. Nos últimos anos tem tido um papel ativo de luta, na comunidade, pelos direitos das mulheres. E este é mais um projeto que se encaixa nos seus desígnios. “Essas mulheres, muitas vezes, quando acabam de cumprir as suas penas, não têm a capacidade de se reintegrar no mundo laboral. A reincidência é elevadíssima. É um projeto que vai ter 18 meses de implementação, vai ter várias ações, vai ter desde psicólogos a nutricionistas, pessoas ligadas à moda, à imagem. Vai ter toda uma componente de forma a que essas mulheres, quando saem, se sintam empoderadas”.
Várias notícias sobre violência doméstica e violação de mulheres têm vindo a público nos últimos meses. Um retrocesso dos direitos das mulheres que considera alarmante. “Estamos a assistir a uma regressão de direitos, que nós tínhamos como adquiridos, como poder sair sem ter determinados cuidados, podermo-nos vestir sem sermos criticadas, poder assumir-nos como queremos sem sentir constrangimentos no nosso espaço laboral e, ultimamente, ouvimos e vemos situações alarmantes. E, cada vez mais, à um estigma à volta da mulher”.
Cristina Passas trabalha há cerca de 30 anos na Associação Comercial de Mirandela e, através da experiência que tem junto das empresas, fundou a Associação Internacional dos Lusodescendentes, em 2019. O objetivo é prestar apoio aos empresários que se querem instalar fora do país ou até mesmo atrair empreendedores estrangeiros.
A entrevista a Cristina Passas para ouvir na íntegra, esta quarta-feira, depois do noticiário das 17h, na Rádio Brigantia.
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