A população saiu à rua, no sábado, em Macedo de cavaleiros na luta pela permanência do helicóptero do INEM na região.
Foi apresentada uma petição, com o propósito de levar o assunto à discussão da Assembleia da República.
O anúncio foi feito durante a manifestação que conseguiu, apesar da chuva, reunir centenas de pessoas que mostraram o seu descontentamento com a retirada do meio de socorro do distrito de Bragança. “A petição diz que o helicóptero não pode sair daqui porque nos faz falta, porque fomos esvaziados de serviços de saúde e porque o helicóptero tem de estar perto das populações”, resume Ilídio Mesquita, um dos promotores da manifestação.
O texto que acompanha o documento dirigido aos órgãos de soberania nacionais lembra que “não existe em Trás-os-Montes uma resposta médica que possa servir de igual modo todos os cidadãos transmontanos” ao contrário do que se verifica em outras localidades do país. Na praça das Eiras, guarda-chuvas abertos, velas acesas, ouviram-se testemunhos que frisaram a importância da rapidez do meio aéreo numa região onde grande parte da população está pelo menos a uma hora de automóvel dos principais hospitais.
Alfredo Ferreira, da aldeia de Urros, no concelho de Mogadouro, foi dos primeiros a ser assistido pelo helicóptero do INEM quando a 1 de Junho de 2010 ficou debaixo do tractor. “Não tinha esperança de vida, já estava a ficar sem ação da cintura para baixo, se não fosse o helicóptero, e a rapidez com que chegou e a equipa do INEM que me socorreu e estabilizou, eu não me tinha salvado”, conta o manifestante que foi de propósito a Macedo de Cavaleiros para partilhar a sua experiência.
O protesto partiu do mesmo grupo que promoveu as manifestações de Setembro 2012 com o mesmo propósito, quando foi conhecida a intenção do INEM de deslocalizar o meio aéreo para Vila Real.
Escrito por Brigantia
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