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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 19 de abril de 2014

Ordem avalia impacto da reforma hospitalar

Todos os colégios de especialidade da Ordem dos Médicos estão a realizar estudos detalhados para verificar o impacto em todo o país da reorganização hospitalar anunciada pelo Governo.
Segundo vários profissionais, a portaria, publicada no passado dia 10 em Diário da República, levará a que as crianças passem apenas a ser operadas em Lisboa, Porto e Coimbra, obrigará ao encerramento de 25 maternidades e conduzirá ao fecho de dois dos maiores centros de cirurgia cardiotorácica do país: o do Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, e o do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia.
Ao mesmo tempo, alertou já a Ordem, até a Faculdade de Medicina da Covilhã corre o risco de encerrar, uma vez que os hospitais que a suportam (Guarda, Covilhã e Castelo Branco) ficam sem várias especialidades.
“Além dos colégios de especialidade da Ordem, também os vários distritos médicos estão a analisar o documento para verificar as suas consequências práticas”, adiantou ao SOL o bastonário dos médicos, José Manuel Silva, considerando inaceitável que o ministro da Saúde tenha avançado com uma reorganização hospitalar tão profunda sem estar “minimamente fundamentada e estudada”.
Na próxima semana, também os sindicatos médicos prometem denunciar as “graves consequências” das medidas governamentais. “Vamos mostrar que o ministro está a liquidar o número de camas no país e comparar com o resto da Europa, para mostrar que somos dos piores”, revelou ao SOL Mário Jorge, da Federação Nacional dos Médicos, acrescentando que muitas regiões, principalmente do interior, vão ficar sem a assistência em várias especialidades médicas.
Maioria sem especialidades
A portaria publicada pelo Governo classifica os vários hospitais nacionais em grupos - do I ao IV -, define as especialidades que cada um terá (com base na população que serve) e prevê o encerramento de vários serviços, até Dezembro de 2015.
Segundo o documento, a maioria dos hospitais ou grupos hospitalares - 27, que atendem até meio milhão de portugueses - serão classificados no Grupo I. Não terão, assim, diversas especialidades - como genética, farmacologia clínica, imonualargolia, cardiologia pediátrica, cirurgia vascular, nerurocirurgia, cirurgia plástica, cirurgia cardiotorácica, cirurgia maxofacial, cirurgia pediátrica e neuroradiologia. Estas unidades podem também não ter oftalmologia, otorrinolaringologia, pneumologia e outras, estando isso dependente da elaboração de estudos sobre o número e tipo de utentes em cada região, a elaborar até Setembro pela Administração Central do Sistema em Saúde (ACSS).
Para terem acesso às referidas especialidades, os utentes terão de deslocar-se ou ser transferidos para os hospitais de nível II e III. Estes últimos são os que têm todas as especialidades, mas serão apenas cinco em todo o país: centros hospitalares de Coimbra, Lisboa central, Lisboa Norte, S. João e Porto.
Já as unidades do grupo II não vão ter, por exemplo, farmacologia clínica, genética médica, cardiologia pediátrica, cirurgia pediátrica e cirurgia cardiotorácica. Será o caso dos hospitais de Évora, Algarve, Tondela-Viseu, Lisboa ocidental, Garcia de Orta, Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Nova de Gaia e Braga.
Ou seja, só nos hospitais de grupo III, situados em Lisboa, Porto e Coimbra será permitida cirurgia pediátrica. “Uma criança de Faro terá de ser operada em Lisboa”, nota uma fonte médica. Por outro lado, nenhum dos 27 do grupo I terá maternidade - o que implicará fechar as actuais 25, pois só dois desses hospitais (Figueira da Foz e Santa Maria Maior.) não têm obstetrícia. Em risco de perder o bloco de partos estão os hospitais do Médio Tejo, Barreiro, Cova da Beira, Amadora-Sintra e o de Entre o Douro e Vouga.
Com a nova classificação de unidades e respectivas carteiras de serviços, os especialistas também já alertaram para o facto de Paulo Macedo se preparar para reduzir para metade os serviços de cirurgia cardiotorácica nos hospitais públicos.
Governo diz que são apenas 'indicações estratégicas'
Perante a polémica, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, já veio garantir que nada irá “fechar no imediato”, classificando as novas regras como meras “indicações estratégicas”. Segundo o SOL apurou, o ministro da Saúde admite mesmo fazer ajustes às medidas previstas na portaria. Isto depois de concluídas as redes de referenciação das 47 especialidades médicas - que indicarão de que forma e como devem ser encaminhados os doentes de uns hospitais para outros -, que neste momento estão a ser discutidas com a Ordem dos Médicos.
De fora da polémica estão, pelo menos para já, os três institutos de oncologia, os centros de medicina física e reabilitação e os hospitais psiquiátricos - que segundo esta nova organização integram o Grupo IV, sendo considerados especializados.

catarina.guerreiro@sol.pt

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