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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Quatro detidos por tráfico de pessoas para apanha da castanha

Quatro homens de nacionalidade búlgara foram detidos ontem por suspeita de tráfico de pessoas nos concelhos de Bragança e Valpaços.
Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras confirmou à Brigantia que foram detectados 34 trabalhadores búlgaros a trabalhar cerca de 10 horas por dia na apanha da castanha em Trás-os-Montes e a receber 20 euros, em vez de 50 como prometeram os angariadores, na Bulgária.
Uma das localidades onde decorreram buscas foi a aldeia de Salsas em Bragança, onde estão a residir dezenas de trabalhadores vindos da Europa de Leste. 
Os proprietários dos castanheiros pagariam bem mais aos angariadores de mão de obra. Do dinheiro que recebiam, os trabalhadores tinham ainda de pagar alimentação e dormida. Filipe Caldas, é produtor de castanhas em Salsas. 
Apesar de afirmar que não tinha conhecimento de casos de exploração, salienta que o recurso à mão de obra de trabalhadores de leste é cada vez mais frequente na freguesia devido à escassez de trabalhadores na região. “ As localidades de Sendas, Salsas e Serapicos constituem uma maiores manchas de castanheiros do país e produz milhares de toneladas de castanha. Nas aldeias não há juventude, só idosos. Não há mão de obra. É normal que as pessoas precisem de mão de obra fora da freguesia. Quando aparece aqui mão de obra nós aproveitamos, é a única maneira de apanhar castanhas, senão não conseguimos”, salienta Filipe Caldas. 
O produtor admite que também recorre a mão-de-obra de trabalhadores dos países de leste. Em conjunto com mais produtores alugaram uma casa onde estão a residir a nove pessoas. Garante que não têm qualquer angariador e que, além de disponibilizar alojamento, pagam directamente aos trabalhadores, ao final do dia, 35 euros. 
Filipe Caldas afirma que foram os próprios trabalhadores que apareceram na aldeia à procura de trabalho. “Andaram na apanha do morango, vieram nas vindimas, ficaram na época da maçã e depois aparecem para ver se damos jeiras nas castanhas. Não é nada de anormal, os portugueses também vão para outros países da Europa também sazonalmente”, frisa o produtor de castanha. 
Além das vítimas e angariadores, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras identificou também alguns produtores de castanha em Salsas e na localidade vizinha de Vila Boa. Um dos detidos era procurado em França e vai ser ainda hoje presente ao tribunal da Relação de Guimarães. Os outros três serão presentes aos tribunais de Valpaços e Vila Real. 

Escrito por Brigantia

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