Estes aumentos devem-se à dívida elevada que levou o anterior executivo, do PS, a recorrer a planos de reestruturação financeira. Maria do Céu Quintas, a presidente da Câmara Municipal, do PSD, garante que não tem forma de evitar estes aumentos. “IMI na taxa máxima, IRS na taxa máxima, Derrama na taxa máxima, aumento dos preços cobrados pelo município, venda de casas no bairro social, aumento da água, saneamento e resíduos sólidos, diminuição das despesas com aquisição de bens e serviços, aumento das receitas nas moradias da Congida, redução de três por cento por ano no pessoal, redução de transferências para as associações e freguesias, redução de despesas de publicidade, redução de despesas correntes e redução da dívida em 10 por cento por ano. Isto é ao que nós estamos obrigados por causa do contrato que foi assinado no PAEL.
Não há volta a dar, isto foi assinado e temos que cumprir”, constata a autarca.
Maria do Céu Quintas lamenta que os freixenistas tenham visto as contas aumentar e adianta que graças às medidas de contenção já foi possível baixar a dívida. “Não podemos gastar, temos que fazer contenção e temos que usar tudo quanto entra para pagar a dívida. Já baixámos de 18 579 000 para 16 320 000”, assegura a edil.
A autarca de Freixo confessa que o município também tem restrições ao investimento e teme não poder candidatar projectos ao próximo quadro comunitário de apoio. “Nós estamos obrigados a um plano de ajustamento financeiro que também foi feito na altura que nos condiciona. Nós para investimento não temos quase verba nenhuma, não podemos fazer nada. Vai ser muito difícil candidatar projectos ao novo quadro comunitário de apoio”, afirma Maria do Céu Quintas.
Freixo de Espada à Cinta é o concelho mais pequeno do distrito de Bragança e o mais endividado per capita.
Os constrangimentos causados pelo endividamento já foram transmitidos pela Câmara Municipal à população, através de uma comunicação pública divulgada nas redes sociais.
Escrito por Brigantia
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