Quando ia para a escola, há tantos anos, havia um sinal na estrada com dois meninos, felizes, de pasta na mão. Nesse tempo, tempo de emigrantes, milhares de automóveis passavam pela estrada na viagem para Espanha… para o mundo. Os automóveis passavam e não ligavam nada ao sinal e nós apostávamos, a caminho da escola, que iam para aí a sessenta… o fascínio da grande velocidade. Outras vezes o jogo era radical, atravessar a estrada quando se avistavam os automóveis… São Sebastião, vizinho da escola, protegeu e por milagre nunca houve nenhum acidente. E a mãe de mão em riste… ameaçava: - Se ficas debaixo dum carro quero ver!
Hoje a estrada é a mesma… raramente passa um automóvel… a autoestrada tão perto! Por misericórdia colocaram outro sinal… dois velhinhos corcovados! Infelizmente já quase não há criança… já não há automóveis… e os velhinhos são tão poucos que nem se dão ao trabalho de atravessar a estrada!
… a aldeia capitula… e os sinos... ainda tocam às Trindades!
Fernando Calado
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A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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segunda-feira, 13 de abril de 2015
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