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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Falar(es) do Zoio Uma aldeia bragançana em meados do séc. XX

Sinopse:
Quem hoje, em 2012, tenha menos de 50 anos, terá muita dificuldade em imaginar como era o Zoio: uma pequena aldeia na Serra de Nogueira, no concelho de Bragança, e como era viver no Zoio, na década de 50 do século passado! Não apenas a aldeia em si, mas a vida sofrida que se vivia, que era quase completamente condicionada pelos árduos trabalhos que uma agricultura de subsistência exigia e pelo atraso, isolamento e esquecimento a que Trás-os-Montes esteve (e ainda está) votado. Então, se fosse inverno, o esforço de imaginação teria que ser bem maior! Parece que chovia durante dias sem fim, caíam frequentes nevadas e grandes nevões, que transformavam as ruas em autênticos lodaçais durante meses, por onde, apesar disso, era preciso caminhar. Um cenário lúgubre, atrasado, medieval, proporcionando condições de vida diria quase desumanas, a exigirem uma resignação e um espírito de sacrifício que, hoje, dificilmente, somos capazes de conceber, quanto mais de suportar. A quase totalidade das casas de habitação não tinha condições mínimas de habitabilidade: quase todas cobertas apenas de telha vã (não eram forradas), com poucos cómodos e escassa mobília, sem electricidade (chegou no dia de Consoada de 1977), nem água canalizada, nem casas de banho, claro. Pode parecer por este preâmbulo que a vida era miserável. Não, longe disso. As condições de vida, comparadas com as de agora, é que eram miseráveis. Mas parece que a gente vivia, atrevo-me a dizer, feliz e contente: conversava-se muito, cantava-se muito, assobiava-se muito, ria-se muito, brincava-se muito (miúdos e graúdos), dançava-se muito, práticas que hoje também já se foram. E era-se muito solidário.

Índice:
Preâmbulo
As Minhas Razões
As Origens
O Aspecto da Aldeia nos Anos 50
As Casas de Habitação e Anexos
A Economia
A Alimentação
A Educação
A Religião
O Vestuário e o Calçado
A Higiene
Os Grandes Trabalhos
A Decrua
A Plantação das Batatas
Os Fenos
A Vima
A Segada
A Acarreja
A Malha
A Trilha
A Arreiga das Batatas
A Sementeira
A Apanha das Castanhas
Os Grandes Momentos
A Mata-Porca
A Consoada
Os Reis
A Serra-da-Velha
A Páscoa
A Senhora da Serra
Figuras Típicas
O Ferrador
O Capador
O Latoeiro / Caldeireiro
O sombreireiro
Ceguinhos
O Retratista
Adebertimentos
Jogos de Força
Atirar o Calhau
Atirar o Ferro
Atirar a Relha
O Pulo
Jógo do Fito
Jógo dos Paus
Jogos de Cartas
Sueca
Chincalhão
Estendrete
Bisca de Nove
Bisca de Pintas
Burro
Roubão
Jogos de Azar
Bugalhas
Batota
A Vermelhinha (Burmelhinha) 
Sete e meio
Raiola
Jogos de Garotos (e de Rapazes) 
Pirogalo
Palma
Alar
Tiroliro
Quem-te-monta
Bilharda
Chicha
Ringue
Jogos de roda
O Lencinho
Jogo da Macaca
O anelzinho
ELUCIDÁRIO
Breves notas sobre a Fonologia, Morfologia e Sintaxe
Elucidário
Uma história tradicional em “Zoiês” 
Posfácio

O AUTOR:

Nasceu a 4 de Outubro de 1942, em Lourenço Marques, Moçambique. Vem para o Zoio em 1944, onde fez a primária. Seminário de Vinhais, em 1952; Liceu de Bragança, em 1956; em 1960, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde frequentou Filologia Românica. Em Janeiro de 1964, cadete na Escola Prática de Infantaria, em Mafra. Em Julho de 1965 embarca para a Guiné, como alferes miliciano. Em Setembro de 1967, Paris. Em Julho de 1970, Lausanne, Suíça. Em 1973, Porto. Em 1974, Lisboa. Regressa ao Porto em 1978, onde vive. Fez toda a sua vida profissional, desde Novembro de 1967, ligado à informática de gestão. Casado com uma cidadã britânica desde Dezembro de 1973, tem cinco filhos e sete netos. O Zoio é, obviamente, a sua segunda casa.

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