Fiscalização "vai começar a apertar" para os condutores de tractores agrícolas, garante Jorge Gomes

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, assegura que a fiscalização vai começar a apertar para os condutores de tractores agrícolas.

Declarações feitas na Rural Castanea, que decorreu este fim-de-semana em Vinhais, onde participou numa acção de sensibilização para a prevenção de acidentes de máquinas agrícolas.”A GNR vai começar a fazer um aperto um pouco maior. Relativamente à inspecção, que é uma das propostas, é algo que leva muito mais tempo. Não podemos tomar medidas precipitadas, num sector que está com algumas debilidades. Não pode aparecer isto como um factor de estrangulamento. Precisamos que as pessoas não morram mas temos de continuar com o sector vivo”, frisou o responsável.
O governante acrescenta que é necessário criar uma formação específica que habilite a condução de tractores agrícolas, uma medida que ainda está a ser estudada.
Para Jorge Gomes é importante continuar a sensibilizar mas, é também necessário tomar medidas legislativas que regulem esta área. Para isso foi integrado um capítulo dedicado à prevenção de acidentes de tractor no plano de prevenção rodoviária até 2020. Algumas propostas apontam para a realização de inspeções periódicas aos tractores, através de centros de inspeção móvel.
A acção de sensibilização foi promovida pela junta de freguesia de Vinhais e contou com uma sessão de sensibilização da GNR e um simulacro de um acidente de tractor agrícola realizado pelos Bombeiros de Vinhais. Jorge Gomes continua preocupado com o elevado número de vítimas mortais que resultam deste tipo de acidentes. Só este ano, já se registaram 60 mortes com tractores agrícolas, em todo o país.
Jorge Gomes garantiu ainda, relativamente ao impacto dos incêndios deste Verão, que as transferências financeiras de ajuda à alimentação dos animais, onde mais de trinta por cento dos pastos arderam, foram feitas, assegurando que “foi logo tudo liquidado através de uma conta de emergência que foi accionada para o efeito”, como foi o caso no concelho de Freixo de Espada à Cinta. 

Escrito por Brigantia