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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Dos 3000 hectares com infra-estruturas para regadio no Azibo são usados apenas 500

Há já vários anos que é discutida a forma como é utilizada a área de regadio do Azibo, em  Macedo de Cavaleiros.
Recentemente o director de agricultura e pescas do Norte, Manuel Cardoso, referiu quem na sua opinião aquela é uma área pouco aproveitada, para a capacidade que tem.
“ É uma área que ultrapassa os 3000 hectares de infraestruturas instaladas e todos os anos a área utilizada é de 500 hectares. É um bocadinho estranho como é que numa altura em que tantas pessoas aqui no nordeste pedem para ser feito o regadio no sentido de serem aumentadas as áreas de regadio, como é que uma área com tanta infraestrutura é tão pouco aproveitada”, explica.
Manuel Cardoso considera que sendo Portugal um país exportador de produtos agrícolas, este podia ser um bom local de produção e contribuir para potenciar a economia nacional. A responsabilidade pela pouca utilização é atribuída aos beneficiários. “É uma área onde seria possível muito mais investimento por parte quem detém os terrenos, mesmo que não o queiram fazer, podiam arrendar os terrenos uma vez que tem equipamentos de rega instalados. Se repararmos, o sul do país está dinâmico, em matéria de área de regadio, está a ser aproveitado até ao último metro quadrado. Nós vamos à Vilariça, onde está a ser utilizada toda a área de regadio e depois chegamos ao perímetro de rega de Macedo de Cavaleiros, onde temos milhares de hectares que não estão a ser utilizados, é muito estranho”, refere.

Por seu lado, o presidente da associação de beneficiários de Macedo de Cavaleiros, Hélder Fernandes, considera que essa questão já não é nova e refere que nos últimos anos até há mais área regada, contudo afirma que o problema é falta de organização e de garantias aos produtores.
“É uma realidade que tem vindo a diminuir porque a área regada na última década aumentou para aí 50% só que isso é muito insuficiente em relação à capacidade que o Azibo tem, só que para o regadio se desenvolver é preciso que haja vontades. As pessoas acreditam nos benefícios do regadio mas também é preciso haver organização na produção, para as pessoas produzirem alguma coisa que tenham retorno. Embora se fale em novas culturas não há organização na produção para potenciar e comercializar essas culturas, que são aquelas que necessitariam de água”, argumenta.

Hélder Fernandes critica ainda a falta de apoios no concelho de Macedo de Cavaleiros e aponta o dedo ao município, à cooperativa agrícola e ao ministério da agricultura, que na sua opinião podiam fazer mais nesta área dando estrutura e organização aos produtores. “É preciso falar com as organizações e criar uma estratégia local de desenvolvimento para a agricultura e que não se fale de agricultura e regadio a um mês das eleições e depois durante os próximos 4 anos não se faça rigorosamente nada. O mercado evoluiu e tem outras exigências há muita apetência por produtos e terra em zona de regadio e nós continuamos aqui a ver passar os comboios”, diz indignado. 

Palavras do presidente da associação de beneficiários do regadio do Azibo, que refere que há muito a fazer para que os produtores apostem no regadio naquela zona, para que deixem de o ver como uma despesa e passem a vê-lo como investimento, de forma a que agricultura gere um lucro significativo para a região. 

Escrito por Brigantia/ Foto: Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros 

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