Há novas medidas do governo para evitar que a saúde no interior atravesse uma crise por falta de médicos na região.
Os profissionais de medicina interna podem vir a ficar três anos fora do Sistema Nacional de Saúde caso abandonem o interior do país.
Esta é uma das alterações que constam da proposta de decreto-lei do Ministério Público, datada de 6 de Dezembro.
Entre outras medidas, a proposta prevê que os médicos internos voltem a receber incentivos na escolha de hospitais com carências, que se situam por norma no interior do país, Alentejo, Algarve e ilhas, onde terão de permanecer, pelo menos, durante três anos após o fim da formação, como avançou o Jornal Público esta quarta-feira.
Trata-se de um regresso às vagas preferenciais que deixaram de estar contempladas em 2015. No entanto, esta proposta do Executivo socialista prevê, ao contrário do que acontecia anteriormente, penalizações. Os médicos que não cumprirem as regras do contrato ficam impedidos de exercer no Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante três anos.
A proposta vai ainda a Conselho de Ministros para ser aprovada.
Entretanto, à Unidade Local de saúde do Nordeste chegaram esta terça-feira 55 médicos internos, 46 de ano comum e 9 de formação específica, que vão aqui aprofundar a sua formação.
Os internos de ano comum irão trabalhar ao longo deste ano no internato em Medicina Interna, Pediatria, Cirurgia, Cuidados de Saúde Primários e mais uma área clínica à sua escolha.
Os restantes 9 vão dividir-se por Medicina Interna, cirurgia, psiquiatria, ortopedia, Medicina Geral e Familiar e Saúde Pública.
Durante a cerimónia de apresentação os responsáveis das várias áreas da ULS deram as boas vindas aos novos profissionais, fazendo votos de que alguns destes jovens médicos possam escolher esta região para se fixar no futuro.
Escrito por Brigantia
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