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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

63 fotografias assumem os traços da resiliência

"Resiliente", assim se chama a exposição que até sábado deu vida às paredes do Clube de Bragança.
Da autoria do macedense, que há perto de 20 anos vive em Bragança, António Sérgio Strecht, o trabalho deu a conhecer a comunidade cigana do Bairro da Formiga, em Penhas Juntas, no concelho de Vinhais. O autor acompanhou-nos durante um ano e assume que de certa forma eles são resilientes pelo seu isolamento. "Fui em diversas datas, a passar a Consoada, Dia de Todos os Santos, Páscoa, assisti a algumas missas deles... várias situações. Eles de certa forma são resilientes pelo facto de estarem algo isolados, mas o cigano da cidade, normalmente, tem uma conotação negativa, muito sujeito à delinquência. Há casos que realmente os ciganos têm sucesso, são pessoas de sucesso, mas é muito comum", explicou.

Pela lente do fotógrafo, 63 fotografias espelham a capacidade de superação e surgem no âmbito da última que levou a público, intitulada "Intrépido". Além da comunidade cigana de Penhas Juntas, há mais rostos na exposição do fotógrafo. "Não fotografei exclusivamente ciganos durante este ano e achei correcto fazer esta exposição com este tema, com a resiliência desta comunidade e também destas gentes que são os idosos, aquelas pessoas que ainda acreditam nos trabalhos do campo, os animais, também fazem parte da nossa vida, o touro, os gatinhos, as crianças, que cada vez há menos na região, alguns ofícios e tradições", disse.

Pela "Intrépido" passaram, no ano anterior, acima de duas mil pessoas, já este ano, com a "Resiliente", os números não preocuparam o fotógrafo. "No ano passado recebi acima de duas mil visitas, este ano preocupei-me realmente como as pessoas reagiam ao meu trabalho. Mas o número, acredito que superei os valores do ano passado. Turistas, essencialmente turistas! Recebi turistas do Japão, dos mais variados pontos do planeta e realmente ficaram espantados", confirmou.

A paixão pela fotografia, que deixou de ser um passatempo para se tornar numa forma de vida, António Sérgio Strech ganhou-a quando, aos 29 anos decidiu, de novo, voltar a estudar ao ingressar o curso de Arte e Design no politécnico brigantino.

Escrito por Brigantia
Carina Alves

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