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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sobrevivência do dia-a-dia ganha nas noites de breu

Noites frias de inverno eram o palco para o contrabando. Fomos ouvir testemunhos de quem tinha esta arte como profissão e como forma de vida. São vivências, memórias e experiências de contrabando.
Entre a Teixeira, aldeia espanhola e a aldeia de Vilarinho, concelho de Bragança teve lugar um encontro entre portugueses e espanhóis, no passado fim-de-semana, que juntou cerca de 70 pessoas. O encontro envolveu uma caminhada entre as duas aldeias e teve como mote recordar os tempos idos do contrabando. Um dos participantes foi Jaime Maçaira. É natural de Parâmio, mas vive em Vilarinho. Tem agora 70 anos, mas quando tinha 14 anos fazia contrabando de café, navalhas e beterrabas, como conta.

“O contrabando era um pouco de tudo, desde café, navalhas, beterraba e outras coisas até que fui para a tropa, aos 18 anos e depois acabei por desistir, porque a vida era outra”, contou Jaime Maçaira.

Outro dos contrabandistas é Emídio Almeida, com 78 anos, da mesma aldeia do concelho brigantino. Recorda-se que levavam gadanhas, pimento e café para a localidade espanhola.

“Trazíamos e levávamos aquilo que nos fazia falta, por exemplo, gadanhas que antigamente cegava-se o feno à mão e vínhamos aqui porque eram melhores. Nós trazíamos o café e levava-se o pimento”, descreveu Emídio Almeida.

Outro contrabandista do lado espanhol, é Martim Gordo que contou como um dia foi apanhado.

“Vi uma pessoa a cortar giestas. Quando me apercebi desmontei a espingarda e meti-a entre as calças com a culatra tapada com o casaco. Até que me disse para mostrar a espingarda porque era guarda”, disse Martim Gordo.

Estes são três testemunhos de para quem o contrabando um dia foi uma realidade e uma forma de sobrevivência.

Escrito por Brigantia
Maria João Canadas

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