A iniciativa foi implementada em fase piloto no ano letivo passado no pólo 1 de Macedo de Cavaleiros, através das equipas de Saúde Escolar.
No âmbito das recomendações da Sociedade Portuguesa de Pediatria Social no que toca aos efeitos negativos da privação das horas de sono na entrada para o pré-escolar, foi realizado um diagnóstico junto dos encarregados de educação para, posteriormente, serem implementadas as sestas, como explica Ana Ribeiro, psicóloga:
“Num primeiro momento, fizemos uma reunião com a educadora responsável e com as restantes educadoras, apresentamos o projeto aos pais, e através do consentimento informado, levamos colchões para a escola para que os meninos pudessem fazer a sesta.
Houve algumas condicionantes, uma sesta com no máximo 90 minutos, e as crianças cujos pais aceitaram, começaram a fazê-la a partir do segundo período.”
Um projeto que tem tido o maior sucesso, numa altura em que estão provados cientificamente os benefícios da sesta em crianças:
“Foi muito positivo porque inicialmente fizemos uma avaliação de diagnóstico, e tendo em conta que estas crianças já estiveram durante o primeiro período privadas da sesta, tentamos perceber como elas são ao nível de alguns fatores, como por exemplo a regulação do humor e emocional, a tensão, sonolência e agressividade. Feito isso, introduzimos a sesta, depois avaliamos novamente estes fatores no final do terceiro período e a mudança de comportamento das crianças foi muito grande.
As educadoras agradeceram porque foi muito mais fácil levar a cabo as atividades propostas, exatamente porque as crianças estavam mais serenas.
A criança que não dorme o número de horas necessárias, e numa altura em que ainda têm o sono bifásico, ou seja, ainda têm de ter o momento da noite e o momento do dia, que é a sesta, a criança que está privada disso tem consequências ao nível da aprendizagem, da regulação emocional e mesmo a nível de problemas futuros como a obesidade, depressão e ansiedade, tendo ainda influência na função endócrina. As lesões podem ficar para sempre.”
Nesta fase inicial participaram 17 crianças, dos 3 aos 5 anos.
Devido ao sucesso e notórios benefícios no rendimento das crianças após a sesta, esta é uma iniciativa que vai continuar no próximo ano letivo e que a Unidade Local de Saúde do Nordeste pretende alargar a outros concelhos da sua área de abrangência.
Escrito por ONDA LIVRE
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