Pretende-se criar um circuito de produtores e associações de criadores das raças animais autóctones do território da CIM Terras de Trás-os-Montes, para que os visitantes possam conhecer o modo de produção pecuária e agrícola da região.
A ideia é utilizar o modelo de promoção que já é levado a cabo com o Burro de Miranda e associar as outras raças.
“Pretendemos, em conjunto com os nossos parceiros, promover o território, para quem vier visitar o Burro de Miranda possa também conhecer o Cão de Gado Transmontano, a Cabra Preta de Montesinho, a Vaca Mirandela, a Ovelha Churra Galega Mirandesa e a Ovelha Churra Galega Bragançana Preta”, explicou Miguel Nóvoa da AEPGA.
Para além da promoção das raças autóctones em si, pretende-se com o projecto sensibilizar os visitantes acerca das potencialidades e produtos agrícolas da região, como forma de apostar no desenvolvimento sustentável.
“Quando vamos conhecer um criador de Vaca Mirandesa, não estamos somente a ver a vaca, estamos a ver os lameiros, as oliveiras, as hortas, o mel. E é esse produto que nós queremos incentivar a que as pessoas comprem”, disse.
O projecto Terra vai juntar um primeiro lote de 10 criadores de outras tantas raças autóctones distribuídos pelos nove concelhos da CIM Terras de Trás-os-Montes que vão integrar o mapa de criadores associados ao projecto terra. A visita pode dar uma nova visão acerca da produção pecuária.
“As raças autóctones vivem, neste momento, de outra dinâmica, que é o contributo que as raças autóctones podem contribuir para o aumento da biodiversidade, para a redução da carga de combustível na nossa floresta e o tão aclamado serviços de ecossistema, ou seja, aquilo que é preciso valorizar é o património genético”, destacou.
As primeiras visitas no âmbito do projecto Terra devem iniciar-se ainda este ano. A iniciativa insere-se na Estratégia nacional de educação ambiental, sendo financiada pelo Fundo Ambiental.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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