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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Butelo e casulas nas mesas de Bragança

O butelo, um dos enchidos transmontanos mais tradicionais, acompanhado pelas casulas, as cascas de feijão seco, é a figura central de um festival gastronómico que decorre em Bragança até ao dia de Carnaval.
© António Catarino/TSF
Manda a tradição que no sábado gordo, por todo o vasto distrito de Bragança, o butelo, o tal «chourição famoso», assim referido por Trindade Coelho.

O escritor de Mogadouro, republicano convicto, autor da Cartilha do Povo e dos contos Os Meus Amores, definiu o butelo como "grotesco"; mas "no Entrudo, com orelheira, até parece que se esgargalha no prato, a rir como um perdido para os que estão à mesa", numa descrição perfeita, quase fotográfica, das formas caprichosas ganhas pelo enchido.

O butelo é uma joia do fumeiro, O recheio da bexiga ou do bucho do porco, elaborado com ossinhos do espinhaço e das costelinhas, com alguma carne agarrada, é particularmente saboroso.

As casulas, singelas cascas de feijão secas, e a batata cozida, regadas com um fio do excelente azeite desse úbere rincão transmontano que é a Terra Quente, são acompanhamento ideal do enchido que é exemplo perfeito do aproveitamento exaustivo do porco.

Para saborear este pitéu que dá sabor e cor à rica gastronomia tradicional portuguesa, 33 restaurantes da capital nordestina aderiram à Semana Gastronómica do Butelo e das Casulas.

A iniciativa está integrada no já tradicional festival e, na sequência do êxito alcançado o ano passado, de novo associado ao Carnaval dos Caretos.

O desfile no próximo sábado (dia 22 de fevereiro), pelas 17 horas, através das ruas do centro histórico de Bragança terminará no castelo, local da Queima do Diabo.

No recinto da cidadela, as tasquinhas são a novidade deste ano.

O programa do festival não se esgota neste desfile com grupos de caretos de Portugal e de Espanha, bem como dos agrupamentos de escolas e de instituições do concelho de Bragança.

Festival anima a cidade
Do variado programa constam demonstrações de degustações gastronómicas com assinatura dos chefes Justa Nobre (O Nobre, Lisboa), Marco Gomes (Oficina, Porto) e António (IEFP de Bragança), enquanto Eurico Castro (Fundação Rei Afonso Henriques) elaborou almoço promocional em Zamora; Buelo de Histórias (hora do conto); Um mistério no Reino Maravilhoso (teatro); ciclismo (maratona; Sebastião Antunes & Quadrilha (concerto); entronização de novos confrades da Confraria do Butelo e da Casula e, para fecho de programa, na 4.ª feira de Cinzas (dia 26 de fevereiro), a recriação da secular tradição do Diabo, Morte e Censura, nas ruas do centro histórico da cidade que se tem afirmado como um destino gastronómico de eleição.

António Catarino

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