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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Década de escravidão dá oito anos de cadeia

Agridem grávida para causar aborto e obrigam menina a deixar a escola para cuidar da filha de uma das arguidas.
Tribunal de Bragança - FOTO: José Pontera
Dois homens e uma mulher foram esta sexta-feira condenados a penas entre oito e oito anos e meio de cadeia, em Bragança, por escravidão e tráfico de pessoas, entre 2000 e 2011. O coletivo de juízes considerou que as penas são "moderadas face ao cúmulo jurídico", deixando a esperança de que "sirvam de emenda".

Ao todo, respondiam no processo seis arguidos - cinco da mesma família, de Alfândega da Fé. Um foi absolvido e dois não foram condenados uma vez que os crimes já prescreveram.

Os arguidos angariavam pessoas sem suporte familiar nem financeiro e desempregadas, aliciando-as para trabalhar na agricultura na zona de Zamora, em Espanha. Os homens eram obrigados a trabalhar na agricultura e as mulheres escravizadas em lides domésticas, sem descanso nem salário.

Na leitura do acórdão, foram referidos testemunhos de vítimas: "Não podia sair à rua para passear, só para estender a roupa" e "só tomava banho para ir à missa, ao tribunal ou ao médico". Por vezes, havia agressões violentas.

Num dos casos, uma das vítimas, grávida de 24 semanas na altura, foi agredida com intenção de provocar um aborto. Já uma menor de 13 anos foi obrigada a deixar a escola no final do 6º ano para tomar conta da filha bebé de uma das arguidas.

As vítimas tinham documentação espanhola, que era usada pelos arguidos para a obtenção de subvenções em Espanha, além de se apoderarem também dos subsídios a que aquelas tinham direito em Portugal.
Tânia Rei

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