Numa sessão com alunos no Instituto Politécnico, António Costa ouviu queixas de quem quer ficar a trabalhar na região e não tem boas perspectivas de saídas profissionais depois de terminada a formação. António Costa avançou que no Conselho de Ministros de hoje vai ser aprovado um conjunto de diplomas com medidas potenciadoras da criação de emprego no interior. “Há um conjunto de diplomas que tem a ver com a criação de emprego nos territórios de baixa densidade ou do interior. É um apoio financeiro muito significativo para, durante três anos, haver o pagamento do salário da criação de empregos no interior, mas há um especial que se destina ao emprego qualificado. Para além do emprego científico que foi criado nas universidades, politécnicos e centros de investigação, é muito importante criar qualificado junto do próprio tecido económico porque aquilo que vai transformar o potencial da nossa economia é cada vez mais incorporação de conhecimento em qualquer ramo de actividade”.
Na mesma sessão, o ministro do ensino superior, Manuel Heitor, adiantou que vão ser criadas bolsas para os alunos estudarem no interior entre três a seis meses. Vão ser aplicados cinco milhões de euros e atribuídas 1500 bolsas de estudantes. “Devo dizer que vamos lançar uma nova iniciativa para estudantes de todo o país virem conhecer o interior com um programa que apoie bolsas de residência entre três e seis meses. Durante os últimos anos, o politécnico de Bragança e outras instituições do interior país foram também receptores de estudantes, mais de quatro mil, ao abrigo do programa 'Mais Superior'”.
Também no IPB, mas no Centro de Investigação de Montanha, esteve a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, que destacou a importância da investigação ligada ao sector para a valorização dos produtos locais. “Centros como este, em que se quer valorizar os produtos locais, nomeadamente aqui, através das espécies vegetais, associadas a cada uma das regiões, tendo em atenção aquilo que são as pragas e os infestantes, mas dado as alterações climáticas acontecem mais frequentemente, é preciso ter centros como estes, preparados para dar resposta aos agricultores e para fazer investigação para contribuir para os grandes desafios que se colocam à agricultura”.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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