Ao tribunal de júri de Mirandela, na passada quarta-feira, Fátima Martinho confessou o crime, mas negou que tenha sido premeditado. A arguida não resistiu ao teor de alguns depoimentos e a alguns factos que lhe são imputados na acusação, como o relato de médicos dando conta que nunca aceitou o disgnóstico de autismo do filho e que sempre terá demonstrado resistência à prescrição da medicação. “O que os médicos dizem é mentira”, disse.
Questionada pelo juiz presidente sobre o que aconteceu no dia 6 de julho de 2020 ano, Fátima contraria o que sustenta a acusação apoiada no relatório da autópsia que dá conta que o Eduardo terá tomado um antipsicótico em “dose de cavalo”, expressão utilizada pelo Procurador da República.
Fátima alega que a ideia foi levar o filho para uma caminhada para o tirar de casa. Chegados ao local, onde existia um poço, a mulher referiu que o filho começou a ficar agressivo e que após vários empurrões, de parte a parte, o atirou para dentro do poço, onde viria a morrer. Fátima está indiciada do crime de homicídio qualificado, com uma moldura penal que vai dos 12 aos 25 anos de prisão. A próxima sessão do julgamento foi agendada para o dia 22 de junho.
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