A aldeia de Lamas de Orelhão, no concelho de Mirandela, vai regressar ao passado e viajar até à Idade Média durante o próximo fim-de-semana com a realização do mercado medieval “Rei D’Orelhão”, no centro da localidade com dois dias intensos de atividades que passam pelas danças medievais, falcoaria, espetáculos de fogo, música e tasquinhas tradicionais.
“Há uma zona que é fechada e a partir do momento que entramos naquele portão da entrada do mercado, parece um mundo mágico com muita animação, música e uma mistura fenomenal entre os artistas e o tradicional da aldeia, com as nossas pessoas mais idosas, as crianças e quem nos visita. O ambiente é mesmo muito bonito”, garante a presidente da junta de freguesia de Lamas de Orelhão, que, em parceria com o Município de Mirandela, organiza esta iniciativa que vai na terceira edição, mas já não acontece desde 2019, devido à pandemia da covid-19, pelo que Vanda Preciso espera uma enorme adesão. “Este ano as pessoas estão mas sedentas de animação, de festa, de música, pelo que esperamos muita gente, porque foram dois anos muito complicados e a expetativa que temos não é tanto que seja uma enchente, mas antes que as pessoas se juntem outra vez e que haja novamente alegria”, conta.
Vanda Preciso revela como surgiu a ideia de realizar o mercado medieval. ““Quando entramos na junta, em 2017, já trazíamos a ideia de criar uma feira na aldeia, porque não existia nada, mas também não queríamos uma feira igual às outras, e como tínhamos base histórica, já que Lamas foi vila e sede de concelho, teve os forais e temos pelourinho, resolvemos ir para este modelo de juntar alguns ofícios e tradições da aldeia e na parte histórica podermos recriar o modelo do mercado medieval”, diz.
Ao contrário das duas primeiras edições, agora não haverá a ceia medieval. “A ceia é interessante, mas exige uma logística muito grande e não temos nem espaço nem condições para a fazer. Depois não abarca toda a gente que queira estar nela e é chato temos de deixar gente de fora. Resolvemos não a fazer”, explica a autarca.
Ao invés, este ano haverá as tasquinhas. “Vai ser giro, porque as pessoas foram buscar espaços em habitações que eram da família, e alguns até vão dar o nome às tascas de pessoas que já faleceram mas que lhe eram significativas, ou seja, é como se estivéssemos a reavivar as memórias ligadas a estas pessoas”, adianta.
Este sábado e domingo, Lamas de Orelhão veste-se a rigor para acolher o mercado medieval “Rei D’Orelhão”.
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