Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Pleno de areias movediças, é no deserto da vida que o sonho deambula ao cair da noite.
Tento decifrar o enigma que se espraia nas veias, enquanto na intimidade da solidão, o tempo aos poucos me vai enlouquecendo!
Acendo uma fogueira que se transforma em vulcão,
e explode todos os amanheceres nas meninas dos meus olhos!
No meu corpo lírico, no meu coração de fumo,
as pupilas dilatam-se e vomitam palavras e frases pegajosas!
Necessito ser exorcizada.
Acalmar a disritmia que me bate peregrinamente no peito,
e tomar um novo rumo.
Consultar as estrelas que trago guardadas nos bolsos,
lamber as feridas e as queimaduras da pele, e no silêncio da minha cama adormecer.
Depois, mesmo de sorriso apagado,
embrenhar-me nos jardins do ar,
cortar a raiva e o pecado,
e pausadamente respirar!
Aspergir um pouco de água benta no seio familiar,
Aninhar-me no útero que partilhamos,
e nele ficar a morar.
Tento decifrar o enigma que se espraia nas veias, enquanto na intimidade da solidão, o tempo aos poucos me vai enlouquecendo!
Acendo uma fogueira que se transforma em vulcão,
e explode todos os amanheceres nas meninas dos meus olhos!
No meu corpo lírico, no meu coração de fumo,
as pupilas dilatam-se e vomitam palavras e frases pegajosas!
Necessito ser exorcizada.
Acalmar a disritmia que me bate peregrinamente no peito,
e tomar um novo rumo.
Consultar as estrelas que trago guardadas nos bolsos,
lamber as feridas e as queimaduras da pele, e no silêncio da minha cama adormecer.
Depois, mesmo de sorriso apagado,
embrenhar-me nos jardins do ar,
cortar a raiva e o pecado,
e pausadamente respirar!
Aspergir um pouco de água benta no seio familiar,
Aninhar-me no útero que partilhamos,
e nele ficar a morar.
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