Por vários motivos pouco positivos, há dezenas de migrantes que, nos últimos tempos, têm chegado a Bragança e são apoiados pela Cruz Vermelha Portuguesa. Amir Bibawi é um deles e, ontem, em pleno Dia Mundial dos Refugiados, contou, que veio do Egipto para Bragança e não podia estar mais contente por, finalmente, ter paz e tranquilidade. “Estou em Portugal há um ano. Gosto muito de Portugal e de Bragança ainda mais”, referiu o refufiado, dizendo que a Cruz Vermelha o ajuda “muito” e que o mais complicado, aqui, é “falar” mas, para aprender, vai à escola.
Este é uma das 30 pessoas que a delegação de Bragança da Cruz Vermelha está a ajudar, como entidade responsável pelo acolhimento e integração de refugiados. Há outros sete migrantes que já terminaram o programa de acolhimento e estão, agora, perfeitamente integrados na sociedade. Emília Oliveira, coordenadora da Juventude da Cruz Vermelha de Bragança, explicou que a população se tem mostrado sensível com esta causa e que vários brigantinos ajudam como podem. “Há cerca de dois anos foi desafiante sensibilizar a comunidade mas temos tido um feedback positivo, inclusive pessoas que se voluntariam a dar o seu tempo para também estarem no terreno no âmbito destes projectos de acolhimento”.
Arranjar casa em Bragança não tem sido tarefa fácil para ninguém. Para estas pessoas também não o é e esta é uma das maiores dificuldades que a Cruz Vermelha sente ao ajudar os migrantes, sendo que uma das suas grandes missões é também arranjar-lhes um trabalho. “Acabando os 18 meses do programa de acolhimento, o desafio é encontrar habitação para estas pessoas. Já durante o programa de acolhimento, a equipa da Cruz Vermelha destaca-se por encontrar-lhes um trabalho. Não queremos intensificar o ciclo de vulnerabilidade nem ter pessoas subsídio-dependentes. Neste momento, dos elementos que temos acolhidos, só há seis que não estão a trabalhar, porque ainda estamos na parte burocrática”.
Ontem assinalou-se o Dia Mundial dos Refugiados, uma oportunidade, segundo as Nações Unidas, "para construir empatia e compreensão pela condição dos refugiados, e para reconhecer a resiliência na reconstrução das suas vidas". A delegação de Bragança da Cruz Vermelha passou o dia na Praça da Sé a sensibilizar a população para o apoio aos migrantes, mostrando também o trabalho que realiza junto destas pessoas.
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