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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 20 de junho de 2023

O Parque Temático da Trajinha

Por: António Pires 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Inaugurado em 2022, só no pretérito fim – de – semana fui visitar uma das mais importantes obras realizadas no consulado de Hernâni Dias, o Parque Temático da Braguinha. Uma infraestrutura que nem o mais acérrimo militante do bota – a – baixismo e do contra – tudismo consegue negar a sua utilidade e a mais – valia, como uma verdadeira montra da cidade de Bragança – ainda que não possa deixar de relevar, como um senão, as rampas da segunda fase, que não têm jeito nenhum, por não serem acessíveis a crianças e idosos; o que seria lógico, pois, que os patamares e as escadas fossem largas, bem como a colocação de um corrimão para facilitar a vida a quem tem alguns problemas de mobilidade.
No entanto, e ainda que pouco avisado nas questões do eco - paisagismo de lazer, lançaria aqui esta pergunta/desafio ao nosso excelso autarca e a quem idealizou tão ambicioso projecto: será que neste invejável espaço verde com 13 hectares, dentro da cidade (quantas cidades se darão ao luxo do ter?!),  não se poderia ter construído um complexo desportivo, um centro de estágio que contemplasse 2/3 campos de futebol, um ou dois pavilhões desportivos para o futsal, um corte de ténis, uma piscina olímpica, para satisfazer as necessidades de centenas de praticantes das referidas modalidade, profissionais e amadores?!
Não sei se  em alguma outra cidade do interior, que se diga moderna e com enorme potencial para o turismo, acontece o mesmo que em Bragança: sempre que se realiza o tradicional torneio da (pouca) função pública, que dura, pelo menos, dois meses,  e um qualquer torneio de fim de – semana das camadas jovens ( sempre bem – vindos), a restante população, que habitualmente pratica estas duas variantes do futebol, ficam privados do fazer, enquanto os mesmos decorrem.
Num espaço temporal de três meses, a cidade de Bragança recebeu e vai receber: 
1 – De 4 a 9 de Maio, recebeu, em conjunto com as cidades de Macedo e Mirandela, quatro selecções de futebol masculino e feminino, escalão sub 16 (Suécia, Bélgica, Portuga e Itália), no âmbito do Torneio de Desenvolvimento da UEFA.
 2 - No dia 24 de Junho, é contemplada com o prestigiado “meeting” de atletismo, da Associação de Atletismo de Bragança (AAB) de todos os escalões. 
3 - Nos dias 9 e 10 de Junho realizou-se o já consagrado Torneio Internacional de futebol da Escola Crescer, cujo número de atletas participantes foram mais de mil, em representação de 33 equipas (portuguesas e espanholas), num universo de 3000 pessoas, contando com os respectivos familiares e acompanhantes.
4 – Nos dias 17/18/24 e 25, realizar-se -á nesta cidade a 4.ª edição do torneio Infanto/Juvenil Mãe d´Água CUP, com a presença de oito equipas dos distritos de Bragança e Vila Real.
Não serão estes argumentos suficientes fortes e atendíveis para – tendo em conta que são estas milhares de pessoas que nos visitam também elas turistas, que por cá deixam dinheiro nos restaurantes e nos hotéis, animando, assim, a economia local -, no referido parque temático, “acomodar” mais estas valências?! Tenho a certeza que sim, houvesse vontade e arrojo dos “quem de direito” para o fazer. Porque, ao contrário de outras obras, autênticos fiascos, esta não só não é irreversível, como o “acrescento” pode e deve ser visto como uma complementaridade, qual adenda, à excelente obra já feita.
Há dias vi titulado como manchete dum jornal local o seguinte: “Bragança quer ser Cidade Criativa da UNESCO na gastronomia para atrair mais turistas”.
Quanto a esta veleidade, que é legítima, diga-se, pergunto: será que os turistas, quer nacionais quer estrangeiros, não seriam facilmente atraídos, por exemplo (não me canso de insistir neste sonho para a minha amada cidade), por um teleférico que ligasse o Santuário do S. Bartolomeu ao Castelo, e deste ao Parque Temático da Braguinha; ou por uns passadiços que ligassem este potencial complexo desportivo ao Parque de Campismo do Sobr´Águas, passando pelo Moínho dos Padres?! 
Para os que pensam ser esta ideia uma utopia, remeto-os para o exemplo dos passadiços do Paiva e respectiva ponte pedonal suspensa, a maior do mundo. Sempre a abarrotar, com entradas a 12 euros por pessoa, estas duas infraestruturas foram construídas numa das zonas mais pobres deste Portugal.
A presença dos javalis estará sempre garantida, se atraídos pelos cevadouros.

António Pires


António Pires
, natural de Vale de Frades/S. Joanico, Vimioso. 
Residente em Bragança.
Liceu Nacional de Bragança, FLUP, DRAPN.

1 comentário:

  1. Completamente de acordo com quase todo o texto e sobretudo com o primeiro parágrafo. No entanto a piscina, olímpica ou não, teria que ser uma "aposta" bem ponderada. Necessariamente coberta, não faria sentido de outra maneira em Bragança. Tanto quanto me parece a piscina prevista, não será municipal mas um projeto privado. A pergunta que deixo é esta: - Quem irá investir num projeto que tem custos substanciais e que, garantidamente, não irá ter rentabilidade o ano inteiro. O problema é sempre o mesmo, NÃO TEMOS POPULAÇÃO. Porque não temos cinema? Porque não é rentável como investimento privado. Nestes casos que apontei e noutros, ou o município consegue (podendo) assumir o prejuízo para servir a população ou é tudo um sonho. Temos o caso específico dos transportes urbanos. Se o município não assumisse os STUB´s como serviço público, há que tempos que os autocarros estariam arrumados nas "boxes".

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