Os dois psiquiatras e uma psicóloga respondem pela emissão de atestados médicos falsos e a funcionária do Registo Civil por desobediência qualificada. A empregada está também acusada de sequestro.
Na passada segunda-feira, os filhos do homem de 101 anos, que residia em Parada, aldeia do concelho de Bragança, entretanto falecido, contaram em tribunal que desde 2010 o pai apresentava problemas de saúde, nomeadamente do foro mental, além de que tinha perdido a mobilidade e usava uma cadeira de rodas. A família possui um relatório médico de 2011, passado por um profissional conhecido, que dá conta que o idoso tinha problemas do foro neurológico, sofria de demência e estava incapacitado de tomar decisões. “Não me conhecia e chamava-me mãe. Quando eu telefonava não sabia quem eu era. Não comia sozinho, nem pedia comida”, explicou a filha, Maria Alice, que depôs por videoconferência, indicando que o pai tinha estado internado em 2010 durante três meses. “A partir dessa altura a sua saúde piorou muito. Não estava bem mentalmente. Já não era o senhor Francisco Marcolino. Era mandado”, acrescentou Maria Alice.
A filha explicou que toda a situação em torno do casamento do pai e a repercussão que teve na praça pública “foi uma humilhação para a família”.
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