“Fruto de alguns constrangimentos que têm a ver com os acontecimentos internacionais e nacionais, a despesa foi agravada em cerca de três milhões.
Fazendo um exercício complexo, não tivemos receita de cerca de 1,1 milhão de euros nas transferências do FFF (Fundo de Financiamento das Freguesias) e, simultaneamente, tivemos um agravamento da despesa que se acumula, desde as despesas com a educação, num valor elevadíssimo de cerca de 360 mil euros, com os vencimentos que foram atualizados e que, no total, no final do ano, corresponde a cerca de um milhão de euros, também a revisão de preços com valores na ordem dos 600 mil euros e os custos com os combustíveis e energias, o que leva a um aumento de mais de três milhões.”
Nos próximos tempos, o autarca garante que a gestão vai ser apertada e isso vai refletir-se num aumento do prazo de pagamento a fornecedores e na concretização de obras:
“É incomportável para qualquer município.
Estamos a viver a dificuldade que todos os municípios estão a viver, mesmo com empréstimos temos um agravamento de juros na ordem dos 200 mil.
É um exercício muito difícil, um esforço financeiro enorme que nos obriga a uma ginástica muito grande.
As consequências são, principalmente, o aumento do prazo de pagamento, uma vez que os estávamos a fazê-lo a tempo e horas, na ordem dos 15 dias, mas realmente assim estamos muito limitados, temos que fazer um atraso no plano de pagamentos, que está a ser grande, e no investimento nas freguesias e também nas obras urbanas, é onde se vai refletir mais.
Essencialmente é isso, tudo o resto não vamos comprometer.”
Ontem, em Reunião de Câmara, Benjamim Rodrigues acrescentou que “esperam para 2024 fazer uma gestão rigorosa, sem grandes investimentos, apenas os necessários” e que “não vão deixar de fazer as obras necessárias mas vão ter muito cuidado na gestão das verbas, para não entrar em desequilíbrio”.
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