Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Os que são da minha idade, certamente se recordam do programa do grande comunicador, António Lopes Ribeiro, acompanhado ao piano pelo Maestro António Luís de Melo.
Chamava-se o programa, que tinha larga audiência: " Museu do Cinema".
Lembram-se que após o cineasta se despedir, o pianista, endireitava o nó da gravata e pronunciava roucamente, e de forma tímida: " Boa noute"
O singelo gesto de arranjar a gravata, que sempre repetia, era sinal dirigido a sua mulher, que significava que nesse momento, estava a pensar nela.
Segundo Dona Marta, em declarações que fez à RTP, na rubrica: " O RESTO SÃO CANTIGAS", o Maestro, além de ser muito simples era igualmente muito tímido.
Certa ocasião – contou sua mulher, – depois de a ter conhecido em casa de um tio, solicitou a este, que transmitisse, à menina, que estava interessado nela.
Foi incapaz, por timidez, de lhe pedir namoro pessoalmente.
Só mais tarde, quando foi para Moçambique, tocar, enchendo-se de coragem, manifestou o afecto que nutria por quem seria mais tarde sua mulher.
No entusiasmo da paixão escreveu-lhe trezentas cartas de amor!
Apesar da extrema timidez não o impediu de se tornar num grande pianista e excelente compositor. Além de trabalhar, como pianista, na extinta Emissora Nacional, musicou várias canções para filme, e a convite do Maestro Frederico Freitas, compôs musicas para o teatro Avenida, em Lisboa.
Quase todos somos tímidos, devido, em regra, à educação que recebemos durante a infância ou insucessos que se teve em actos ou encontros pessoais
O tímido isola-se. Teme o que os outros possam pensar.
Na escola raras vezes brinca ou participa em jogos, e em adulto exprime-se timidamente, receando ser criticado ou ser contrariado.
Se fala num grupo, as palavras atropelam-se, e as pernas tremem, como varas verdes.
A forma de a combater é enfrentar o que mais se receia ou destacando-se no desporto ou obtendo sucesso em alguma actividade.
Todavia não o impede, como no caso de António Melo, de se tornar numa figura de alto mérito.
Chamava-se o programa, que tinha larga audiência: " Museu do Cinema".
Lembram-se que após o cineasta se despedir, o pianista, endireitava o nó da gravata e pronunciava roucamente, e de forma tímida: " Boa noute"
O singelo gesto de arranjar a gravata, que sempre repetia, era sinal dirigido a sua mulher, que significava que nesse momento, estava a pensar nela.
Segundo Dona Marta, em declarações que fez à RTP, na rubrica: " O RESTO SÃO CANTIGAS", o Maestro, além de ser muito simples era igualmente muito tímido.
Certa ocasião – contou sua mulher, – depois de a ter conhecido em casa de um tio, solicitou a este, que transmitisse, à menina, que estava interessado nela.
Foi incapaz, por timidez, de lhe pedir namoro pessoalmente.
Só mais tarde, quando foi para Moçambique, tocar, enchendo-se de coragem, manifestou o afecto que nutria por quem seria mais tarde sua mulher.
No entusiasmo da paixão escreveu-lhe trezentas cartas de amor!
Apesar da extrema timidez não o impediu de se tornar num grande pianista e excelente compositor. Além de trabalhar, como pianista, na extinta Emissora Nacional, musicou várias canções para filme, e a convite do Maestro Frederico Freitas, compôs musicas para o teatro Avenida, em Lisboa.
Quase todos somos tímidos, devido, em regra, à educação que recebemos durante a infância ou insucessos que se teve em actos ou encontros pessoais
O tímido isola-se. Teme o que os outros possam pensar.
Na escola raras vezes brinca ou participa em jogos, e em adulto exprime-se timidamente, receando ser criticado ou ser contrariado.
Se fala num grupo, as palavras atropelam-se, e as pernas tremem, como varas verdes.
A forma de a combater é enfrentar o que mais se receia ou destacando-se no desporto ou obtendo sucesso em alguma actividade.
Todavia não o impede, como no caso de António Melo, de se tornar numa figura de alto mérito.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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