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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Miranda do Douro: “Mês das Línguas” deu destaque ao Mirandês

 No âmbito do “Mês das Línguas”, os alunos dos 6º e 7º anos da Escola Secundária de Miranda do Douro participaram numa palestra dedicada aos “Chamadeiros”, a designação dos lugares e sítios, em mirandês, um tema que foi explicado pelo secretário da Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), Alcides Meirinhos.

A palestra realizou-se na tarde do dia 28 de maio, no auditório da escola secundária, onde Alcides Meirinhos, explicou que a toponímia (ou os nomes dos lugares e sítios) são também marcas identitárias de cada localidade.

“Os chamadeiros, tão utilizados na região da Terra de Miranda, são os nomes mais antigos ditos em mirandês. E isto evidencia que a língua mirandesa não é só um instrumento de comunicação, é também um elo identitário das populações desta região. Por essa razão, os alunos facilmente se identificaram com os “chamadeiros” da sua aldeia ou localidade”, explicou.

A Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) indicou que no seu trabalho de recolha, já registou um grande número dos “Chamadeiros” utilizados nas várias localidades do concelho de Miranda do Douro.

“Falta agora geo-referenciá-los, para que possam ser localizados através do Google Earth”, indicou.

Segundo o secretário da ALCM, Alcides Meirinhos, a preservação e transmissão da língua e cultura mirandesa aos mais jovens, passa necessariamente por despertar neles o sentido de pertença à Terra de Miranda.

A palestra inseriu-se no “Mês das Línguas”, uma iniciativa coorganizada com município de Miranda do Douro, que segundo o professor de Língua e Cultura Mirandesa, Duarte Martins, teve como propósito chamar a atenção dos alunos para a importância dos idiomas.

“Com o “Mês das Línguas” quisemos que os alunos tivessem consciência de que no mundo globalizado de hoje é imprescindível estudar, aprender e comunicar em diversos idiomas. Conhecer outras línguas e culturas é um enriquecimento pessoal e uma mais valia profissional futura”, justificou.

Desde 2004, a lecionar a disciplina de Língua e Cultura Mirandesa, Duarte Martins, mostrou-se feliz pela grande adesão (80%) dos alunos das escolas de Miranda do Douro.

“Atualmente a Língua e Cultura Mirandesa é uma disciplina extracurricular e opcional. Na nossa perspectiva é importante que o mirandês passe a ser uma disciplina curricular, à semelhança de outras línguas como o inglês, o espanhol ou o francês”, defendeu.

No ano letivo 2023/24, o Agrupamento de Escola de Miranda Douro (AEMD) contava com 584 alunos inscritos, entre os quais 439 alunos escolheram a disciplina de Língua e Cultura Mirandesa para as suas atividades extracurriculares, o que representa 75% da população estudantil do concelho de Miranda do Douro.

HA

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