As inscrições ainda estão abertas mas o número máximo de 80 pilotos já foi ultrapassado, como refere Luís Orlando Neves, do BôAr Parapente Clube:
É uma prova pertencente ao circuito nacional, é uma prova da Taça de Portugal nas categorias FAI 2, Federação Aeronáutica Internacional categoria 2, o que significa que é uma prova que além de contar para o ranking nacional, conta também para o ranking internacional. Temos neste momento, não só portugueses mas num total de mais seis países com participantes.
O ano passado a prova foi um grande sucesso. Tivemos de mudar de dias porque na primeira data o São Pedro não participou, mudámos para a segunda data alternativa e foi um grande sucesso.
Este ano, acho que devido a isso, nós já ultrapassámos o número máximo de inscrições de pilotos, que neste momento já são 82 inscritos, pelo menos dois deles vão ter de ficar de fora infelizmente. Os que tiverem mais pontuação no ranking nacional serão os que vão ser admitidos para a prova.”
A prova vai contar com participantes de Portugal, Turquia, Irão, França, Espanha, Reino Unido, Itália e Holanda.
Durante os três dias são esperadas uma média de, pelo menos, 250 pessoas no concelho de Macedo de Cavaleiros, entre pilotos e familiares.
E a pensar neles, a organização está a preparar algumas atividades:
“Neste momento temos feito algumas parcerias com a associação de jovens de Grijó e com o Centro Hípico de Grijó e, juntamente com eles, estamos a preparar algumas atividades extra de apoio às famílias.
Vamos ter disponíveis os passeios de charrete, uma iniciação à equitação no Centro Hípico de Grijó, passeios pedestres, o barco solar do Azibo também fez uma parceria connosco para podermos oferecer esse serviço às famílias que acompanham os pilotos e, portanto, estamos a pensar não só nos pilotos mas também em todas as pessoas que os acompanham, a família, os filhos, as esposas e até avós dos pilotos tivemos o ano passado.
Toda esta gente vem à procura daquilo que temos de melhor para oferecer, a boa gastronomia, cultura muito rica e paisagens deslumbrantes.“
Para melhorar as condições para a prática da modalidade, há necessidade de criar um telheiro na pista da Serra de Bornes. Mas a falta de segurança, dada a localização isolada da pista, tem feito com que tudo o que ali é colocado seja furtado:
“Precisamos de um telheiro para sombras. Um local onde os pilotos, enquanto não descolam, possam repousar à sombra. Porque nós, neste momento, não temos muitas sobras na descolagem.
Há essa intenção, o Município tem estado a trabalhar com o nosso clube no sentido de melhorar as condições lá em cima na descolagem da Serra de Bornes, mas ainda não foi possível.
Nós temos ali um problema que temos de perceber como vamos resolver. Qualquer infraestrutura que coloquemos lá, desaparece, roubam-nos tudo em pouco tempo. Já aconteceu com sinalética e com mantas protetoras para o sol.
Estamos a trabalhar numa solução nesse sentido, juntamente com o Município, para perceber o que se adaptaria melhor ali.“
A prova é organizada em parceria pelo BôAr Parapente Clube, a Federação portuguesa de Voo Livre e o Município de Macedo de Cavaleiros.
Regressa pelo segundo ano consecutivo, após uma paragem de mais de 10 anos, em que a Serra de Bornes esteve sem receber provas oficiais de voo livre.
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