Acaba de ser criada em Bragança a AFI - Apoio Familiar e Intergeracional. A associação surge com o objectivo de ajudar de forma especializada e integrada famílias e pessoas de várias idades. A AFI presta ajuda em diversas matérias, nomeadamente na área social, jurídica, gravidez, combate ao isolamento, entre outros.
A presidente da associação, Sandra Pernet, entregue à unidade parental, onde se ajudarão os pais a gerir a educação dos filhos, explica que a AFI está de portas abertas a toda a gente. “O mais importante na AFI é que todos possam vir, sem medo de não ter dinheiro para pagar ou sem medo de não ser bem-vindo porque é uma pessoa carenciada ou não. Não somos IPSS, estamos a fazer tudo para o ser, não só pelos apoios, mas pela colaboração com as outras entidades que é muito importante e que sem ser IPSS não poderíamos ter. É muito importante as outras associações, outras organizações, entidades governamentais colaborarem juntos, para que não sejamos três ou quatro a ajudar a mesma família, talvez andarmos por caminhos diferentes e termos todos aqui uma colaboração juntos”.
Rita Teixeira é a vice-presidente e está entregue à unidade mamã-bebé, uma área em que existem lacunas na região, sobretudo no apoio psicológico a futuras e recém mães. “Pretendemos promover uma gravidez e um pós-parto cada vez mais saudável, maioritariamente no contexto de saúde mental. Consideramos que há aqui uma lacuna ainda no sentido do apoio psicológico. Há muito este mito de que as depressões existem só no pós-parto, mas as depressões podem surgir muito antes do parto, na altura da concepção, principalmente quando as pessoas se deparam com problemas de infertilidade, na própria gravidez também é muito possível as mães desenvolverem depressões. Queremos tentar educar para a saúde”.
Tânia Ramalho também integra a equipa da associação. Irá dirigir a unidade social e trabalhar, sobretudo, com crianças. “Primeiro temos de fazer um diagnóstico para perceber aquilo que as famílias precisam. As crianças podem ficar aqui e ser acompanhadas de várias formas. Também vamos fazer esse diagnóstico às crianças, ou seja, tudo aquilo que for um problema para elas, nós vamos tentar resolver. Também vamos ter acompanhamento psicológico e depois, a partir daí, vou fazer com as crianças aquilo que achar que devo fazer para corrigir certos comportamentos, através de várias terapias e também actividades. Quando os pais decidirem que têm que deixar aqui o filho por alguma razão, vão ficar aqui entretidos durante o dia”.
Flávio Pereira é jurista. Integra a equipa de quatro elementos da associação e é o responsável pela unidade jurídica e intergeracional. Por um lado, a ideia é prestar ajuda em termos jurídicos e administrativos a quem procurar a associação e, por outro, prevê-se apoiar os idosos e aproximá-los dos jovens. “Vamos fazer a sinalização de idosos, acompanhamento, criação de actividades lúdicas com eles. Essencialmente é para que eles não estejam excluídos. A nossa ideia passa por acompanhá-los, em tudo o que eles precisam, no sentido de que têm necessidades burocráticas, apoio familiar e, se preciso, medicamentoso também. Estaremos sempre ao lado dos idosos e a ideia é promover também a sua actividade, quer física, quer motora”.
A AFI - Apoio Familiar e Intergeracional tem sede na Avenida Sá Carneiro, em Bragança, sendo que o espaço foi inaugurado ontem.
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