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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Alegada falta de disponibilidade de ambulâncias do INEM prejudica auxílio a mulher que sofreu AVC em Alfândega da Fé

 A mulher de 69 anos acabou por falecer três dias depois


É mais um caso da alegada falta de recursos do INEM para prestar auxílio às populações, e neste caso no distrito de Bragança.

No passado sábado, uma mulher de 69 anos, de Alfândega da Fé, morreu, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) depois de alegadamente não ter sido socorrida com a rapidez desejável devido à falta de ambulâncias disponíveis.

O filho da vítima considera inadmissível que, na altura em que ligou para o 112, tenha sido informado de que não existia, nenhuma ambulância do INEM para transportar a mãe.

O caso aconteceu no passado dia 12 de março (quarta-feira), ao final da tarde. Carlos Rachado ligou para o 112 depois de a sua mãe ter sofrido um AVC. Mas, do CODU (Centro Orientação de Doentes Urgentes), teve a indicação que não havia ambulâncias do INEM disponíveis para a transportar para uma unidade hospitalar. “A de Alfândega da Fé tinha ido para Bragança, Vila Flor e Mogadouro também não estavam e na minha aflição, liguei para os bombeiros e requisitei uma ambulância, uma ambulância sem ser do INEM. Por acaso a corporação dos bombeiros tinha uma ambulância disponível, e vieram-me aqui ajudar para eu conseguir enviar a minha mãe ao centro de saúde. Entretanto, ligaram do INEM e disse-lhe que tinha requisitado uma ambulância, porque a minha mãe esteve mais de meia hora à espera. Depois, o médico local ligou para o INEM e estivemos 40 minutos à espera de uma que veio de Mirandela”, conta.

Contas feitas, entre a primeira chamada para o 112 e a entrada da mulher no hospital de Bragança, passaram duas horas e meia. Carlos Rachado não esconde a sua indignação. “Não é admissível haver tantas ambulâncias indisponíveis. Acho que é negligência. Se eu não tivesse tomado essa atitude de ligar para os bombeiros, ficava com a minha mãe aqui em casa, à espera do INEM, para aí uma hora e tal”, lamenta.

A mulher de 69 anos ficou nos cuidados intensivos do hospital de Bragança vindo a falecer três dias depois, na manhã de sábado, dia 15 de março.

Carlos Rachado e a família estão a ponderar apresentar queixa no Ministério Público sobre esta falta de resposta célere no auxílio da mãe.

A VERSÃO DO INEM

Confrontado com o caso, o INEM respondeu à Terra Quente FM. O INEM confirma que recebeu uma chamada “pelas 18h44, para apoio a uma utente de 69 anos. Após triagem e aconselhamento por parte do CODU, o INEM acionou uma Ambulância do Corpo de Bombeiros de Macedo de Cavaleiros, dado que as entidades parceiras do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) da região, mais próximas da ocorrência, incluindo os Bombeiros de Alfândega da Fé, informaram não ter ambulâncias disponíveis por ocupação noutras missões de emergência médica que ocorriam em simultâneo”, refere o INEM.

Mais tarde, o CODU diz ter ligado para o contactante “para fazer o acompanhamento e aconselhamento sobre o estado de saúde da utente e informar sobre a previsão de tempo para chegada do meio ao local”.

Nesta chamada, o CODU diz ter sido informado que “já não seria preciso ambulância porque a utente já se encontrava no centro de saúde”.

Pelas 19h11, o Centro de Saúde de Alfândega da Fé “contactou o CODU solicitando apoio para o transporte e referenciação hospitalar por aparente agravamento clínico, sendo que O CODU mobilizou para o local uma ambulância do Corpo de Bombeiros de Mirandela, que no momento era a entidade mais próxima e simultaneamente com disponibilidade de meio para efetuar a transferência da utente do Centro de Saúde de Alfândega da Fé para o Hospital de Bragança”, acrescenta o INEM, ressalvando que a indisponibilidade momentânea de meios no sistema, “não sendo desejável, pode ocorrer em momentos de maior procura dos serviços de emergência médica”, fim de citação.

BOMBEIROS DE MIRANDELA TEM RESPONDIDO DE FORMA RECORRENTE A SOLICITAÇÕES DE EMERGÊNCIA FORA DA SUA ÁREA DE ATUAÇÃO

também o comandante dos bombeiros de Mirandela, respondeu, por escrito, a propósito da intervenção daquela corporação ao disponibilizar uma ambulância do INEM, para fora do seu território de ação.

Na nota escrita, Luís Soares diz que os Bombeiros de Mirandela pelas 19h do dia 12/03 “receberam um pedido via CODU para emergência médica fora da área de intervenção do Corpo de Bombeiros de Mirandela”. No entanto, no momento do pedido a ambulância do Posto de Emergência Médica/INEM “estava ocupada numa ocorrência na localidade do Franco, as outras equipas de serviço estavam ocupadas em outras ocorrências”.

Às 19:23 foram novamente contactados pelo CODU para o mesmo serviço solicitado anteriormente (Alfandega-da-Fé), já com disponibilidade demonstrada por parte deste Corpo de bombeiros, considerando que as equipas “estavam operacionais para receberem novo acionamento, com informação que a doente estaria no Centro de Saúde de Alfandega da Fé”.

Segundo Luís Soares, a ambulância de emergência chegou ao local às 20h. “Avaliada a doente, foi acionada via verde AVC e a doente transportada para o Serviço de Urgência do Hospital de Bragança em que deu entrada pelas 21:14.”

Luís Soares faz questão de sublinhar que os Bombeiros de Mirandela têm respondido “de forma recorrente” às emergências médicas a pedido do CODU fora da sua área de intervenção.

“Só no ano de 2025, até ao dia 12 de março, há o registo de 30 ocorrências na área da emergência. 11 para Torre de Dona Chama. 10 para Valpaços. 6 para Alfândega da Fé e uma para Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros e Murça”.

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Terra Quente)

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