O Diário da República vai ter publicações em língua mirandesa. O protocolo entre a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, que publica o Diário da República, o município de Miranda e a Associação da Língua e Cultura Mirandesa foi assinado, ontem, em Miranda.
Para Alcides Meirinhos, secretário da associação, este acordo confere maior reconhecimento e exposição ao mirandês no plano nacional. “Como diz o ditado ‘migalhas não são pão’ e, protocolo a protocolo, nós vamos conseguindo montar os alicerces para que a língua mirandesa seja reconhecida e não se perca. No fundo, ao nós entrarmos por essas instituições, a língua mirandesa já não é considerada uma língua menor, faz o caminho a par das outras línguas”.
O diretor do Diário da República, Bruno Pereira, conta que o principal objetivo é promover e divulgar a língua mirandesa através da publicação dos atos do município no site do Diário da República, mas não só. “O que esperamos que aconteça é que possam ser publicados atos da Câmara Municipal de Miranda do Douro, não só em língua portuguesa mas também em língua mirandesa e, portanto, permitirá que exista, dessa forma, uma divulgação da língua e da cultura mirandesa através do jornal oficial”.
A autarca de Miranda, Helena Barril, acredita que com a assinatura deste protocolo e com a resolução do Conselho de Ministros, sobre a criação da Estrutura de Missão, a língua está a ser “devidamente” valorizada. “Temos trabalhado para chegar a este nível. Agora, com a assinatura deste protocolo, cada vez mais sentimos que estamos a cuidar da língua mirandesa e a colocá-la naquele patamar que ela efetivamente merece”.
A Imprensa Nacional - Casa da Moeda vai assumir os custos do desenvolvimento e disponibilização universal e gratuita dos conteúdos a publicar.
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