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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

A Tradição Ancestral da Aguardente de Bagaço na Região Transmontana


 Na nossa terra, a produção de aguardente de bagaço é um ritual herdado de gerações e profundamente enraizado na cultura rural. Depois da vindima, quando as uvas já deram o mosto para o vinho, sobra o bagaço, pele, grainha e algum sumo, que se transforma na matéria-prima para este néctar forte e aromático.
O processo começa nos meses frios de outono e inverno, quando as famílias se reúnem em volta do alambique (pote) de cobre, peça central desta arte. O bagaço fermentado é colocado na caldeira e, lentamente, o calor da fogueira liberta vapores que, ao passarem pelo capelo e pela serpentina arrefecida em água, condensam-se na aguardente. O primeiro jorro, mais forte e bruto, é cuidadosamente separado, e a destilação prossegue até se atingir o ponto certo, medido pela experiência e pelo saber transmitido “de ouvido” e “de nariz”.
A aguardente de bagaço, não é apenas uma bebida, é símbolo de hospitalidade e convívio. Provada em casca de noz, servida em pequenas malgas ou copos de pé curto, aquece o corpo nos dias gelados e acompanha as longas conversas nas adegas. Em Trás-os-Montes, os goles são um brinde à terra, à resiliência e ao saber-fazer que resiste à passagem do tempo.

Curiosidades sobre o BAGAÇO

Rendimento do bagaço

De um modo geral 100 Kg de uva originam entre 70 a 75 litros de mosto e 25 a 30 Kg de resíduos da fermentação, também denominado Bagaço.
O rendimento médio do bagaço, considerando o destilado (aguardente) a 50º GL, é de aproximadamente 10 litros por cada 100 Kg de bagaço.
O rendimento é variável em função do tipo de bagaço e do seu teor alcoólico.

HM

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