Lembram-se de por aqui ter escrito que tinha dito a ilustres personalidades que, por Lisboa, não teriam dois feriados caso não fosse «sangue bragançano»? Relativamente ao primeiro, o «10 de Junho», «Dia de Camões», já por aqui deixei a explicação. E o «Feriado Municipal de Lisboa», a 13 de Junho, «Dia de Santo António»?…
“Ah, peis é”! O «Sant’Antoninho» também é «de Bragança»! Já muitos devem ter ouvido falar dos Bragançãos, cuja figura maior terá sido o célebre «Fernão Mendes de Bragança, o Bravo». O tal que era o verdadeiro Senhor das Terras de Bragança. O tal que D. Afonso Henriques, “pra bere se botaba as manápulas” às ditas Terras de Bragança, que autónomas eram, até deu a sua irmã, a infanta Sancha, em casamento ao dito Senhor das Terras de Bragança.
Esse dito poderoso Senhor teve mais irmãos, dois dos quais até andaram, com ele e com o rei, à traulitada aos mouros, na batalha de Ourique. Entre esses irmãos, também houve uma irmã, a D. Urraca. Irmã esta que viúva ficou, porque o primeiro marido pereceu na dita batalha de Ourique. Por “bias” disso, casaria novamente (ou «amantizar-se-ia», dizem alguns) com um dos Senhores de Paiva.
Desta relação nasceria o… avô de Santo António! Avô que parece ter sido um «malandreco», porque apesar de casado com uma digna senhora, teve uma escandalosa relação extraconjugal com… uma sobrinha! Cujo fruto foi… a mãe de Santo António, Maria Teresa Taveira! A qual casaria com Martim de Bulhões, daí nascendo o mais popular santo português, Santo António.
Santo António que era, então, bisneto da «nossa» D. Urraca de Bragança, irmã do «nosso» Fernão Mendes de Bragança, o «Bravo». Como tal, também Santo António era um «Braganção»… O que muito me orgulha! Porém, «nada de especial», o dirão alguns, por entre outros comentários «menos próprios» aos quais decidi não responder mais. É à custa de certas redutoras e tacanhas visões que estas terras «não saem da cepa torta»… E que, por vezes, o confesso, me apetece deixar de por aqui ir partilhando o que é um humilde conhecimento. Todavia, também há pessoas que tal não o mereceriam. A essas, a minha profunda gratidão por disponibilizarem o seu tempo, não apenas a ler, mas também a deixar comentários que acrescentam algo, não produzidos pela «sabetudologia»…
E que Santo António, que também era um Braganção, nos proteja a todos! Até amanhã, ou “passado manhã”, que agora vou tirar uns dias «de férias», em modo «dias de reflexão»…


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