Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Exploração de ferro parada para avaliar se morcegos hibernam ou invernam

Em declarações à Lusa, o autarca social-democrata atribui a situação à posição que classificou de "preciosista" do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), que pretenderá averiguar se os morcegos permanecem no local ou se deslocam para outras paragens.

"Esta questão está a ser levada de tal forma, que o organismo em causa está a cair no ridículo e a tomar uma atitude demasiado preciosista face ao projeto em questão", afirmou. 

O autarca acusou o ICNF de dar "mais importância aos morcegos do que propriamente aos postos de trabalho que possam vir a ser criados com o projeto mineiro de Torre de Moncorvo". 

Para Nuno Gonçalves, "o que está em causa é uma questão de semântica, que pelos vistos faz toda a diferença num projeto que pode aumentar em 0,2 por cento o PIB (Produto Interno Bruto) nacional e em 0,26 por cento as exportações e que se mantém no impasse". 

As minas de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região, na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros. 

A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas, e o ferro esquecido até que a MTI - Minas de Ferro de Torre de Moncorvo, uma empresa de capitais nacionais e estrangeiros, ganhou, em 2008, os direitos de prospeção e pesquisa e, em 2011, foi-lhe atribuída pelo Governo a concessão de exploração durante 60 anos, até 2070. O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, denunciou hoje que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) das minas de ferro está "parado" para apurar se os morcegos que habitam o local "hibernam ou invernam". 

Menos de um ano depois da atribuição da concessão, o Governo confirmava, em outubro de 2011, que estava a negociar com a detentora da concessão e o gigante anglo-australiano do setor mineiro Rio Tinto a exploração do ferro em Torre de Moncorvo, onde se estima existam 80 milhões de toneladas de minério. 

A Rio Tinto saiu do processo e, um ano depois, a MTI- Ferro de Moncorvo assinou um contrato com o Estado para início da exploração experimental das minas, com a perspetiva de início para 2016, a criação gradual de até 500 postos de trabalho e um investimento de 600 milhões de euros ao longo do período de concessão. 

A concessionária deu início aos estudos necessário e a questão dos morcegos está presente desde o início do processo, com a empresa a disponibilizar-se para investir entre 250 a 500 mil euros na construção de uma galeria para os animais. 

O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo defende que "está provado que a colónia de morcegos só se encontra no espaço das minas porque houve uma exploração mineira, caso contrário não existiria". 

O autarca social-democrata lamentou ainda que "o Governo esteja sempre a dizer que o Nordeste Transmontano é uma região deprimida, de baixa densidade e onde não há postos de trabalho e agora está [o ICNF] a tentar travar um projeto que vai permitir subir a empregabilidade no distrito de Bragança e a nível nacional". 

"Quando temos a possibilidade de desenvolver a região, um Instituto que está dependente do Poder Central preocupa-se se os morcegos invernam ou hibernam. Está é uma situação caricata que tem de ser denunciada", frisou. 

O autarca expôs este assunto ao eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, que visitou a região nos últimos dias e que se disponibilizou a colocar "o assunto na agenda nacional", sugerindo a organização de um seminário com responsáveis políticos, quer na área do Ambiente quer na área da Economia, para "confrontá-los diretamente com as questões".

Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário