São cada vez mais os agricultores a inscreverem-se em formações para poderem comprar e aplicar produtos fitofarmacêuticos, obrigatórias até Maio. Desde o passado mês de Novembro, que os agricultores que não possuem este tipo de formação estão impedidos de aplicar pesticidas, devido a uma directiva comunitária que foi transposta para a legislação portuguesa.
No entanto, o novo Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, preparou um novo decreto-lei, publicado a 30 de Dezembro, que permite que os agricultores possam continuar a adquirir e a aplicar produtos fitofarmacêuticos, desde que se inscrevam numa formação para o efeito até Maio, como explica Beatriz Garcia, do Centro de Gestão da Empresa Agrícola Vale do Tua. “Temos agora com o novo decreto-lei, um regime especial e transitório.
No fundo, todos os agricultores, quer seja frequentando a formação e obtendo a certificação, quer seja apenas com a inscrição, tem que resolver esta situação até 31 de Maio, completando a formação de 4 horas”, esclarece a técnica.
O Centro de Gestão da Empresa Agrícola Vale do Tua é uma das entidades promotoras desta formação na Casa do Lavrador, em Bragança.
As inscrições são muitas e os formadores não chegam para dar resposta. Uma situação que poderá agravar-se com a aproximação do prazo para a inscrição, que termina em Maio, e coincide com o prazo para a entrega das candidaturas a subsídios agrícolas, altura em que muitos agricultores também recorrem às associações representadas na Casa do Lavrador. “Temos uma bolsa de formadores homologados mas, muitas vezes, os formadores são técnicos de associações que têm outro tipo de trabalho e, nem sempre é possível dar resposta às inscrições para as formações”, constata Beatriz Garcia.
As entidades formadoras estão a deslocar-se a várias juntas de freguesia do distrito de Bragança que facilitam assim o acesso às mesmas por parte dos agricultores e, nalguns casos, comparticipam a formação em parte ou na totalidade. Nos últimos anos estas formações eram financiadas mas agora têm de ser pagas pelos agricultores e rondam os cem euros.
A Brigantia falou com agricultores que concluíram a formação na Casa do Lavrador, esta terça-feira. Todos concordam que é útil mas que poderá representar um investimento que faz diferença a muitos agricultores. “Este curso é uma hipótese de nos tornarmos mais responsáveis ao utilizar estes produtos, coisa que até aqui se calhar não fazíamos. São materiais tóxicos, que poluem o ambiente e há que ter o máximo de cuidado”, admitiu Carlos Gonçalves, de Bragança.
Já Fernando ratão, de Vale de Frades, referiu que “nem todos os agricultores têm possibilidade de frequentar um curso destes”, acrescentando que para além da despesa, há muita gente que não consegue deslocar-se aos locais da formação”.
Escrito por Brigantia
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