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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Serviço de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Bragança é a companhia que muitos pedem

“Ó, já vão? Fiquem mais um bocadinho...” O pedido de Manuel Silva traduz aquilo que de mais importante o Serviço de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Bragança proporciona a cerca de 90 utentes. Uma companhia diária, mesmo em dias de festa, que ajuda a passar o tempo que, a partir de uma certa idade, se torna incontável.

“Sabe, moro sozinho e estas meninas fazem-me companhia”, explica este vilarrealense, de 85 anos, que veio para Bragança em 1970, “por pouco tempo”, mas que acabou por ficar.

É utente do Serviço de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Bragança há cerca de um ano. As quedas em casa começaram a ser frequentes e o filho, preocupado mas ocupado, decidiu recorrer a este serviço da instituição. “Estive duas horas caído, sem poder chegar ao telemóvel ou ao telefone. Por sorte foi um domingo e o meu filho veio ver-me”, recorda Manuel Silva, antigo vendedor de uma casa de tintas.

“As senhoras do apoio vêm por volta das 10h30, tratar da higiene. Depois trazem o almoço, lá para o meio dia e meia. Já as via na rua por todo o lado”, recorda Manuel Silva. “Ajudam-me a tomar banho, a vestir, tratam da roupa suja e uma vez por semana limpam-me a casa”, explica. “Também me fazem companhia, mas é pena ser pouco tempo”, diz, num lamento denunciado por um sorriso matreiro.

O pagamento varia em função dos rendimentos de cada utente mas este caso reflete a situação típica. “Por norma, são os familiares mais próximos que nos contactam”, explica Sandra Bento, coordenadora do serviço.

Ao todo, a equipa tem 16 funcionários e milhares de quilómetros percorridos. Para além da cidade de Bragança, também as aldeias mais próximas cabem no raio de ação das equipas.

É o caso de Rio Frio, onde prestam apoio a Filinto Miranda, de 77 anos. No seu caso, foram os irmãos a recorrer aos serviços da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, depois de um conjunto de AVCs. “Foi a minha irmã que decidiu”, explicou ao Mensageiro, no dia de Consoada, ocasião que mereceu um ‘miminho’ especial aos utentes. Para além de um presente para cada um, também o almoço é tradicional, como polvo, acompanhado de filhós e rabanadas. “São muito boa gente. Fazem tudo, a limpeza da casa, lavam a louça e são simpáticas”, garante.

Nascido e criado em Rio Frio, Filinto Miranda sempre viveu sozinho. “Para mim, é muito importante que venham, pois a casa está sempre limpa. E eu prefiro ficar aqui e que venham cá elas a casa do que ir eu para um lar”, frisa.

Esse é um dos fatores preponderantes na hora de se optar por este tipo de apoio. Ana Maria Pires, a diretora técnica da instituição, sublinha que, ali, privilegiam “uma visão holística da situação”. “Não queremos um mero caráter assistencialista”, refere.

in:mdb.pt

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