O “Castro de Oleiros”, também referido como “Castelo de Oleiros” localiza-se na freguesia de Urrós, concelho de Mogadouro, distrito de Bragança, em Portugal.
História
Em posição dominante numa elevação sobranceira a uma ribeira afluente do rio Douro, próximo à fronteira com a Espanha, é em um sítio arqueológico, constituído por um castro pré-histórico fortificado, possivelmente reutilizado à época da Reconquista cristã da península Ibérica, no século IX ou no século X, por forças Leonesas, conforme parecem indicar alguns troços de muralhas.
Existem duas versões para o seu nome:
- Por que no local ter-se-ia encontrado grande quantidade de cerâmica, característica da cultura castrense; e
- Devido ao local ser zona de cumeada que separa duas nascentes, as das ribeiras de Costureiras e de Culmeães (do castelhano “olleiros”, olheiros, olhos d’água).
Nas demarcações de fronteira de 1538 consta que “O castelo de Oleiros confrontava-se do lado castelhano com um cabeço a que também designam castelo de Oleiros. Ambos os castelos estavam em ruína, semeando-se nas suas terras centeio destinado à panificação”.
Subsistem, em nossos dias, parte das muralhas e, em seu interior, vestígios de habitações.
O conjunto encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto nº 29/90, publicado no Diário da República, I Série, nº 163, de 17 de julho de 1990.
Nas últimas décadas, à medida que o interesse pelo local foi aumentando, ocorreram também algumas destruições, em particular a que levou à plantação de pinheiros no interior do recinto, processo que acarretou a destruição de uma parcela da muralha.
Características
De implantação rural, isolado no topo de um outeiro, entre campos de cultivo, na cota de 482 metros acima do nível do mar, o castro é sobranceiro ao rio Douro. Pela estrutura, topografia e localização é semelhante ao castro da Fonte do Milho, fortificação do período romano, também implantada nas proximidades do rio Douro, na Régua.
O conjunto apresenta planta aproximadamente retangular, com as dimensões de cento e trinta metros de comprimento por quarenta de largura, com muros de aproximadamente dois metros de altura, em aparelho de xisto, argamassado com barro.
No interior do perímetro amuralhado observa-se um conjunto significativo de alinhamentos e de alicerces que organizam estruturas de diferentes configurações e tamanhos. O local encontra-se densamente ocupado por uma vegetação de médio porte.
Do escasso espólio resgatado conta-se um conjunto de onze estelas funerárias (duas das quais depositadas no Museu Municipal de Bragança), mas as prospecções efetuadas, que lograram identificar fragmentos cerâmicos, não foram conclusivas em matéria cronológica.
in:fortalezas.org
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(Henrique Martins)
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sábado, 30 de janeiro de 2016
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