Entre este sábado e 24 de Janeiro, decorre o festival que há onze anos é uma mostra das potencialidades e do valor que a fileira tem no concelho, com produtos que vão da gastronomia à cosmética ou ao sabão de azeite utilizado antigamente para lavar a roupa.
O concelho de Mirandela é o que produz, segundo os responsáveis, mais azeite em bruto na região transmontana, a segunda maior produtora portuguesa, a seguir ao Alentejo, e onde este produto movimenta cerca de 30 milhões de euros anuais.
Mirandela tem-se destacado nos últimos anos no mercado mundial, com várias marcas locais de azeite a arrecadarem prémios internacionais de qualidade e valorizar e chamar à atenção para a importância deste produto é o propósito do festival.
A organizadora é a Câmara Municipal de Mirandela que programou em parceria com outras entidades locais "ementas especiais, exposições de trabalhos de alunos, cursos técnicos, 'workshops', visitas temáticas, peças de teatro, provas comentadas, música, actividade desportiva e outras actividades.
Todos os eventos estão relacionados com o azeite, com o propósito de dar a conhecer e valorizar este "produto de excelência tão importante na economia e na cultura transmontana".
A par dos empresários, trabalhadores e técnicos ligados à olivicultura e ao azeite, as crianças são, segundo o município transmontano, "o público privilegiado do Festival de Sabores do Azeite Novo porque é em tenra idade que se aprendem hábitos saudáveis e a valorizar o património e tradições".
Para o efeito, "os mais pequenos são convidados a participar num conjunto de actividades de culinária, trabalhos manuais e visitas em torno da temática do azeite".
Os restaurantes e pastelarias da cidade são desafiados a "disponibilizar aos seus clientes menus azeitados e torradas de azeite, os técnicos do ramo a partilharem os seus conhecimentos, os párocos à bênção do azeite novo nas eucaristias dominicais".
O festival tem "na sua essência o envolvimento de toda a comunidade na celebração de um produto aglutinador que faz parte da alma transmontana", segundo a autarquia.
O azeite é o produto de referência na fileira da olivicultura com Trás-os-Montes e Alto Douro a liderar com o maior número de azeites certificados em Portugal, concretamente 40, nas seis zonas portuguesas com Denominação de Origem protegida (DOP) atribuída pela União Europeia.
O azeite é a segunda produção agrícola com maior peso na economia transmontana, a seguir ao vinho, e é transformado em mais de uma centena de unidades por toda a região.
Jornal Público
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