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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Presépio da Escola Emídio Garcia homenageia vítimas dos incêndios

Os alunos do curso de artes visuais e o professor Manuel Trovisco, do Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, decidiram homenagear as vítimas dos incêndios, na sua mais recente obra.
Foge aos padrões dos presépios que estamos habituados a ver, onde a imagem das figuras transmite alegria e acima de tudo serenidade. O presépio construído, este, ano na Escola Emídio Garcia, foge ao tradicional e passa a imagem dura e diferente para mostrar aos mais novos que a vida nem sempre é a felicidade que nos é passada pelos anúncios e melodias que invadem o nosso dia-a-dia nesta altura.
Manuel Trovisco, explica que esta é “uma singela homenagem às vítimas dos incêndios e às pessoas do interior, que geralmente estão esquecidas em pequenas aldeias.”
“Como somos transmontanos e estamos aqui um bocado perdidos no interior, pareceu-me que também teríamos aqui a possibilidade de manifestar alguma revolta, perante esta situação de estarmos aqui isolados e esquecidos comparativamente com as zonas do litoral e aos grandes centros”, acrescenta.
O presépio é feito uma parte com materiais reciclados, cartão, madeira, pasta de papel, e outra parte com pasta de moldar e barro.
O feedback dos alunos que não estão envolvidos no projecto é positivo apesar de acharem “um bocadinho estranho, porque têm aquela ideia do presépio muito bonito, com os bonecos muito bonitos, e neste caso tentamos dar uma imagem diferente onde as figuras têm expressão e algumas não têm expressão de pessoas felizes, mas de pessoas que sofreram e que perderam tudo o que juntaram na vida.”
O professor diz que sendo o objectivo da escola é preparar os alunos para a vida, e por isso também mostrar-lhe que “o Natal não só Iphones de última geração. A ideia é consciencializar para lá daquele mundo que eles imaginam e mostrar que às vezes a vida é complicada.” Numa altura em que o consumismo é um hábito implementado desde tenra idade, a escola quer despertar a atenção para as pessoas que não têm nada, e que mesmo as vezes os pais nem sempre têm possibilidades de comprar tudo o que os filhos pedem. “Nós enquanto escola, além do conhecimento, temos a obrigação de transmitir estas mensagens ”, disse o professor.
Neste projecto do presépio têm estado a trabalhar 20 pessoas ao longo de 20 dias, “as peças pequenas dão bastante trabalho, cada um faz duas ou três, porque os alunos também têm outras aulas e então há pouco tempo para trabalhar neste projecto.”
O professor acrescentou ainda que este é um trabalho onde os alunos podem por em prática uma série de conteúdos que aprenderam no primeiro período lectivo, “nomeadamente, a figura humana, que é um dos conteúdos principais das matérias de desenho”, tudo gira à volta da figura humana, das proporções, da escala, dos ângulos, da relação com as peças de mobiliário, o meio ambiente. “Aqui trabalhamos numa escala difícil, em que partimos de uma peça com 30 centímetros de altura, e depois temos que tentar que tudo à volta fique proporcional”, explicou o docente.
Esta é uma forma de os alunos relacionarem os conteúdos de desenho, com os aprendidos em Religião e Moral, História ou Geografia. Manuel Trovisco acrescenta também que “esta representação do presépio aparece como uma regra do contraste, pois nesta altura, de certa forma celebra-se a alegria e o nascimento, e aqui nós representamos quase o oposto. Pensámos na ideia através do seu contrário e aqui de certa forma está aplicada.” 

Escrito por Brigantia

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