Na passada sexta-feira, aldeia de Talhas, em Macedo de Cavaleiros, recebeu o primeiro simulacro do concelho no âmbito do programa Aldeia Segura, Pessoa Segura.
Uma iniciativa da Autoridade Nacional de Proteção Civil que prevê dotar a população de meios de autodefesa no caso de se depararem com uma situação de perigo.
E quem participou, diz sentir-se agora melhor preparado, assim como o presidente da junta de freguesia, Inácio Roma, que a partir de agora assume o papel de oficial de segurança local:
“Acho que foi um momento único e uma experiência que nos fazia muita falta, para podermos estar preparados para qualquer situação de perigo que aconteça.
Parece-me que população está sensibilizada para seguir estas normas e procedimentos, e a qualquer toque diferente que soe do sino, as pessoas virão imediatamente.
Sentimos-nos mais seguros. Todo o saber é pouco e quanto mais aprendermos, melhor viveremos, e a união faz a força.”
Paulo Silva, da Proteção Civil Municipal, explica os passos que devem ser seguidos numa situação de perigo:
“O oficial de segurança responsável na localidade recebe uma chamada da Protecção Civil a avisar que existe um incêndio que pode causar alguns danos no aglomerado, podendo inclusive haver necessidade de evacuar a aldeia.
Posto isto, o mesmo oficial deve fazer o aviso, o que no caso de Talhas está estipulado ser o toque do sino a rebate, fazendo com que as pessoas se desloquem para um ponto de encontro já definido. Depois, o oficial de segurança faz a chamada oral para ver se está toda a gente da aldeia ali presente, e se faltar alguém, irão verificar se a pessoa está em casa. Uma vez que estejam todos reunidos, são encaminhados para o local de abrigo, onde as pessoas têm à sua disposição alguns recursos como, por exemplo, água, um kit de primeiros socorros, uma rádio, uma lanterna, entre outros.”
Estes simulacros e sensibilizações estão a ser promovidos um pouco por todo o país, dando preferência às aldeias sinalizadas como prioritárias.
No caso do distrito, a mensagem tem sido bem recebida pela maioria das pessoas, como refere Pedro Pino, Comandante do Destacamento Territorial da GNR de Bragança.
“As pessoas têm aderido, percebem a temática e estão muito sensibilizadas para o procedimento, até devido à catástrofe que aconteceu com os incêndios do ano passado.
Uma parte significativa das pessoas tem aderido e compreende a mensagem.”
Serão ainda afixados mapas que vão indicar, aos residentes e forasteiros, quais são as ruas que devem ser seguidas no caso de evacuação da aldeia, assim como os passos a adoptar numa situação de perigo.
Escrito por ONDA LIVRE
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