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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 4 de maio de 2019

TUGAS: ZUCAS, GO HOME

Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
São Paulo - Brasil
Em Portugal estudam 46000 pessoas, de diversas partes do mundo. Desses, 16000 são brasileiros. Em que pese a ojeriza que os portugueses tinham pelos dentistas brasileiros, há duas ou três décadas; nunca mais se ouviu falar em xenofobia em Portugal, tendo como coadjuvantes os estudantes brasileiros.
Isso é; nunca mais até que, há três dias (30/05/2019), em plena FDUL (Universidade de Lisboa - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa), um grupo intitulado "TERTÚLIA", incitou os estudantes da FDUL a boicotarem os brasileiros que lá estudam (Curso de Mestrado em Direito). E não ficou apenas nisso; o grupo, que pretende dominar o diretório acadêmico (Associação Acadêmica da FDUL), nomeia os brasileiros com a expressão xenófoba de "ZUCAS"; assim sendo, eles creem que os brasileiros estão usurpando o lugar deles na Universidade de Lisboa, "furando a fila" (o que não é verdade) e por isso mesmo, os portugueses resolveram cometer a barbárie de incitar os outros estudantes portugueses, de apedrejarem os "zucas", tal como a passagem bíblica nos mostra na história de Maria Madalena, quando o povo assassinava aqueles que não seguiam a tradição e costumes, matando-os através de pedradas. No caso bíblico, Jesus Cristo interferiu:
- "Que atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado"! E ninguém atirou pedras... .
Mas, lá em Lisboa, os brasucas não podem contar com Jesus. Apelaram ao reitor, A caixa de pedras deixada pelo grupo Tertúlia defronte à diretoria da faculdade, portava um cartaz onde se lia: - "Grátis, se for para atirar a um Zuca"!
O reitor, António Cruz Serra, prometeu abrir processo disciplinar pelo evento e disse que a FADUL não admite xenofobia, e ainda promete que os responsáveis serão punidos exemplarmente. Segundo relatos de estudantes da FADUL, o grupo que causou este ato lamentável, já é bastante conhecido na universidade por seu humor áspero, rude e grosseiro, além de suas sátiras sobre os Zucas; o que constituem buyling, no mínimo.
O fato é que as autoridades portuguesas não devem se omitir do evento, e tomar providências. O Brasil tem 500 anos de história e Portugal por ser mais experiente (tem idade muitíssima maior), deveria dar-se ao respeito e exemplo.

A ORIGEM DA RETALIAÇÃO

Os estudantes portugueses da FADUL, não conseguem fazer inscrição (ou têm dificuldade em fazê-las) aos cursos de Mestrado em Direito. E por que?
A intenção dos portugueses é que tão logo terminem o curso de direito, entrar para o curso de Mestrado. Porém, o Ministério de Educação de Portugal, marcou as inscrições para os meses de maio e junho de cada ano. Os brasileiros que aqui se formam no final do ano, anterior às inscrições, têm a chance de se inscreverem  em maio e junho, sendo isso bem propício. Já os portugueses, nesses meses ainda não terminaram o segundo semestre (que vai de fevereiro a junho) e, portanto, ainda não estão aptos para se inscreverem. Então, os brasileiros conseguem um grande número de vagas do Mestrado. Assim, como explicam os portugueses, sobram a eles umas poucas vagas remanescentes, em segunda chamada em setembro e, portanto, beneficia menos portugueses.

RESUMO

Este autor lamenta o comportamento discriminatório do grupo que incitou a jogarem pedras nos brasileiros. Espero que, após perderem as eleições para o centro acadêmico, eles se acalmem e repensem no mal que fizeram e a desnecessidade do intento.

Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. Nascido em julho de 1946, é natural da zona rural de Cravinhos-SP (Brasil). Nascido e criado numa fazenda de café; vive na cidade de São Paulo (Brasil), desde os 13. Formou-se em Física, trabalhou até recentemente no ramo de engenharia, especialista em equipamentos petroquímicos.  É escritor amador diletante, cronista, poeta, contista e pesquisador do dialeto “Caipirês”. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos” e quatro em antologias, junto com outros escritores amadores brasileiros. São seus livros: “Pequeno Dicionário de Caipirês (recém reciclado e aguardando interesse de editoras), o livro infantil “A Sementinha”, um livro de contos, poesias e crônicas “Fragmentos” e o romance infanto-juvenil “Y2K: samba lelê”. 

2 comentários:

  1. Carlos Carlos Miranda15 de maio de 2019 às 16:30

    Concordo com você Charles, essa nunca será a maneira correta de mostrar insatisfação e descontentamento, mesmo porque em todos esses anos passados nos bancos da FADUL, estudaram e aprenderam eles a fundo,(será?),como tratar em geral sobre direitos e deveres, sempre na forma da lei, não com pedradas.
    A meu ver, devem esses estudantes que se sentem injustiçados proporem um tema ou tese de mestrado mostrando os direitos dos estudantes "zucas", assim como os deveres dos anfitriões.
    Valeu Charles Acas.

    Carlos Miranda

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