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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

A LENDA DO REI QUE FOI À CAÇA

Um dia que o rei foi à caça, perdeu-se no caminho onde começou a anoitecer. Viu ao longe uma luzinha e dirigiu-se para lá. Bateu à porta e, entrando, contou o que lhe aconteceu e ali pernoitou. Fizeram-lhe a ceia que foram batatas cozidas. No fim de as comer disse:
- Estas batatas sabem-me melhor do que faisões.
Ao amanhecer, o rei partiu para sua casa, o palácio, agradecendo a boa vontade em o recolherem. Então o dono da casa disse para a mulher que ia levar ao rei uns sacos de batatas visto o rei gostar tanto delas. Partiu, e chegando ao palácio, o rei o reconheceu e perguntou-lhe:
- O que vens fazer? O homem respondeu:
- Venho trazer estas batatas, visto lhe saberem melhor do que faisões.
O rei mandou recolhê-Ias, agradeceu e encheu-lhe os sacos de presentes e dinheiro.
Mal chegou a casa contou tudo à mulher. Os vizinhos também se aperceberam.
Um deles fez logo o mesmo, dizendo para a mulher:
- Se gostou tanto das batatas dele, mais gostará das nossas que são melhores.
Chegando ao palácio disse ao rei que as batatas dele eram melhores do que as do vizinho, que lhas oferecia. Então o rei compreendeu a intenção dele e disse-lhe:
- Se as batatas do teu vizinho me souberam melhor do que faisões, é porque tinha fome. Agora sai daqui, porque eu podia castigar-te pela tua má intenção.
O homem saiu envergonhado com o insulto do rei.

Ó inveja, ó inveja,
Que reinas no mundo assim?!
Há muito tempo que existes,
Assim a mostrou Caim.

RECOLHA (1985) de Judite do Sacramento Rodrigues, Sambade – Alfândega da Fé.

FICHA TÉCNICA:
Título: CANCIONEIRO TRANSMONTANO 2005
Autor do projecto: CHRYS CHRYSTELLO
Fotografia e design: LUÍS CANOTILHO
Pintura: HELENA CANOTILHO (capa e início dos capítulos)
Edição: SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE BRAGANÇA
Recolha de textos 2005: EDUARDO ALVES E SANDRA ROCHA
Recolha de textos 1985: BELARMINO AUGUSTO AFONSO
Na edição de 1985: ilustrações de José Amaro
Edição de 1985: DELEGAÇÃO DA JUNTA CENTRAL DAS CASAS DO POVO DE
BRAGANÇA, ELEUTÉRIO ALVES e NARCISO GOMES
Transcrição musical 1985: ALBERTO ANÍBAL FERREIRA
Iimpressão e acabamento: ROCHA ARTES GRÁFICAS, V. N. GAIA

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