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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

UTAD estuda novas tecnologias para travar a vespa velutina

Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) estão a estudar uma forma de instalar microtransmissores na vespa asiática para segui-la até aos ninhos, monitorizar estes e avaliar a melhor forma de os destruir.

O projeto ‘GoVespa’ procura a aplicação de novas tecnologias para ajudar à resolução da proliferação de ninhos de vespas velutinas, conhecida como vespa asiática, em Portugal, que “está a preocupar seriamente a comunidade científica”, destacou hoje a universidade, de Vila Real, em comunicado.

A metodologia da equipa de investigação da UTAD passa pela captura das vespas vivas, sem as ferir, de modo a proceder à colocação de um microtransmissor no dorso, libertar as vespas e seguir o seu voo, através de um radar ou um drone [veículo aéreo não tripulado], filmar e fotografar o ninho e, por fim, fazer voos nas imediações dos ninhos identificados e procurar novos ninhos.

O investigador do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da UTAD, José Aranha, citado no comunicado, alerta que “é fundamental apanhar as vespas fundadoras (rainhas) no início da primavera, de modo a que não criem colónias e não se dispersem”.

“Impõe-se a deteção precoce de ninhos e a procura de ninhos primários para tentar apanhar as fundadoras”, realça.

Para José Aranha, a “deteção dos ninhos nem sempre é tarefa fácil”, pois, apesar de “alguns se localizarem em árvores baixas ou em telhados, sendo por isso facilmente visíveis, outros localizam-se em árvores altas, como por exemplo eucaliptos adultos, e neste caso é muito difícil ver os ninhos, não só pela distância ao solo como pelo facto desta espécie florestal apresentar folhas todo o ano”.

Assim, a captura da vespa asiática, e a instalação de um microtransmissor no dorso, permitirá a identificação dos ninhos mais inacessíveis.

“Posteriormente, estes dados serão inseridos no Sistema de Informação Geográfica já criado e usados para melhorar o modelo de suscetibilidade à dispersão da vespa velutina”, refere ainda o comunicado.

Este modelo de dispersão permitirá concentrar esforços de localização de ninhos secundários e eleger áreas prioritárias onde colocar as armadilhas primárias, acrescenta.

Designada cientificamente por vespa velutina, a vespa asiática registou o primeiro avistamento em Portugal em 2011, no distrito de Viana do Castelo e, “desde aí, tem vindo a deslocar-se para o sul do país, sendo que Lisboa, até agora, é o distrito mais a sul onde existe a presença da vespa velutina”, disse Ricardo Vaz Alves, do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.

“Desde 2017 até ao corrente ano, temos verificado um aumento do número de denúncias”, afirmou Ricardo Vaz Alves, em declarações à agência Lusa, indicando que, em 2017, contabilizaram-se 499 avistamentos, número que aumentou para 708 em 2018 e que, este ano, até 25 de agosto, soma 508 situações relacionadas com a presença de vespa asiática.

Em termos de localização, os distritos onde se registaram mais denúncias, ao longo deste ano, foram Porto (133), Braga (92), Viseu (60), Aveiro (53) e Coimbra (50).

Como não tem predadores naturais, a vespa asiática coloca em perigo a biodiversidade, as abelhas e consequentemente a polonização, podendo ameaçar também a segurança das pessoas.

A vespa asiática é de tamanho superior e mais escura do que a vespa comum, e com apenas uma lista amarela no abdómen, não devendo ser confundida com a vespa crabro que é ainda maior, mas com o abdómen todo amarelo e que não representa uma ameaça.

Foto: UTAD
in:diariodetrasosmontes.com
C/Agência Lusa

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