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Cidadela de Bragança.© Rui Manuel Ferreira/Global Imagens |
Os dados foram divulgados pelo Gabinete de Estratégia e de Planeamento do Ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social (GEP/MTSSS), através dos Quadros de Pessoal, referentes a outubro de 2018.
A informação permite comparar os salários médios praticados em todos os distritos de norte a sul do continente para os trabalhadores por conta de outrem no setor privado. O ganho médio corresponde à remuneração base, prémios e subsídios regulares e trabalho extraordinário ou suplementar.
Na lista dos que registam um salário médio mais baixo seguem-se os distritos da Guarda (€ 934,77), Castelo Branco (€ 935,09) e Viseu (€ 963,93), só para citar os primeiros quatro.
Comparando os distritos de Lisboa e Porto, por exemplo, um trabalhador da Invicta ganha, em média, menos 320 euros. Entre estes dois distritos está Setúbal, em que o salário médio é de 1219,80 euros, muito pelo efeito da Autoeuropa, que puxa pela remuneração média da região.
Ainda em relação a diferenças salariais, as mulheres ganham, em média, menos 227 euros do que os homens. Ou seja, menos 14%.
Precários ganham peso
No ano passado, mais de 1,8 milhões de trabalhadores por conta de outrem (TCO) estavam nos quadros das empresas, é um crescimento de 1,8% face a 2017 e representa 63% do total de empregados. Apesar de serem mais pessoas, o peso no total dos contratos "permanentes" nos TCO tem vindo a perder peso, pelo menos desde 2010, quando se iniciou a atual série.
"No que respeita ao tipo de contrato, 63,6% do total de TCO apurados encontravam-se vinculados por "contrato sem termo", 35,7% por "contrato a termo" e 0,7% por "outra situação". Face a 2017, o maior aumento, 8,7%, verificou-se no número de trabalhadores com "contratos com termo" (certo e incerto, excluindo os contratos temporários)", indica a síntese da Segurança Social. Ou seja, o ritmo de crescimento dos contratos precários tem sido mais rápido do que nos restantes.
O espaço deixado vago pelos contratos sem prazo tem vindo a ser ocupado pelos contratos a prazo, que já representam quase 36% do total.
Paulo Ribeiro Pinto
É uma realidade! Seja como for, e por experiência própria, não troco o interior pela metrópole. A diferença salarial por si só não justifica o êxodo para os grandes certos urbanos (aí a questão tem mais que ver com número de oportunidades de trabalho, ainda que precárias). O que se ganha a mais em Lisboa, serve para ir correr para os centros comerciais ao fim-de-semana, para engrossar as filas nos transportes públicos, pagar o combustível e o desgaste das viaturas no trânsito imenso da cidade. E depois se ainda sobrar algum dinheiro, é preciso pagar as consultas do psiquiatra, que o cérebro não aguenta tamanho stress ao final do mês!
ResponderEliminarO interior não obstante, os problemas do isolamento, proporciona ainda um ar puro, uma descontracção e um modus vivendi, que não existe (ou existe muito pouco) nas grandes cidades. Há quem goste da azáfama urbana, mais que não seja para ter um pretexto para se deslocar nas férias e aos fins de semana para o interior ostracizado, para ouvir os pássaros e cheirar a erva fresca do campo, ou simplesmente para comprar as alheiras e as chouriças da praxe, que a malta não é parva de todo, e sabe o que ainda é bom!...
HMC