A PSP adiantou que vai analisar possíveis fenómenos de violência na cidade que não chegam às autoridades. A força de segurança admite que há necessidade de estreitar a comunicação com outras entidades e, segundo o comandante da PSP de Bragança, José Neto, vai ficar atenta a casos violentos em que não são apresentadas queixas. “Num universo ainda desconhecido por nós há, muitas vezes, altercações e episódios de violência que não são conhecidos por parte da PSP porque as pessoas não formalizam uma denúncia. Em 2019, tivemos quatro episódios de ofensas à integridade física graves, o que achamos, em função do conhecimento que temos, que não corresponde de todo à verdade”, afirmou.
A Polícia reforça que os crimes de ofensa à integridade física graves são pouco frequente e que este foi um caso isolado. Apesar de não se prever reforço de meios, está há alguns meses no terreno um projecto designado Noite Segura. Prevê-se que cada espaço de diversão nocturna tenha um “sentinela”, mas José Neto admite que neste caso não funcionou como se esperava. “O trabalho inicialmente era termos a capacidade de serem as próprias estruturas que gerem estes espaços de diversão nocturna a sinalizarem os problemas e a comunicarem-nos a nós. E criamos uma figura em cada um dos bares, que designamos por sentinela, e que é o paceiro privilegiado do contacto com a PSP e tem ele a iniciativa de nos contactar”, explicou. Se esta comunicação tivesse sido feita na noite de 21 de Dezembro, José Neto acredita que o desfecho poderia ter sido diferente.
O comandante da PSP de Bragança reforçou que a investigação aconteceu no tempo e espaço.
O caso do jovem estudante cabo-verdiano que faleceu vítima de agressões que aconteceram à saída de uma discoteca em Bragança levou à antecipação da sessão anual do Conselho Municipal de Segurança.
O presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias, explicou que se impunha a análise da situação e reforçou que se tratou de um caso isolado que não deve criar alarmismo. O Conselho Municipal de Segurança de Bragança acabou por aprovar uma resolução a pedir um reforço de meios da PSP.
A PJ já deteve 5 suspeitos de estarem envolvidos nas agressões que levaram à morte de Luís Giovani Rodrigues. Todos estão indiciados por homicídio qualificado e três crimes de homicídio na forma tentada e ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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