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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Tradições de Inverno podem contrariar tendência de despovoamento da região

As Tradições de Inverno podem ser um factor que contribui para contrariar a tendência de despovoamento na região.
O tema esteve em discussão no Museu do Abade de Baçal em Bragança.

Para Roberto Afonso, investigador na área da etnografia e membro da Academia Ibérica da Máscara, são já várias as oportunidades de negócio nesta área que começam a ser aproveitadas. “São marcas do povo que identificam uma forma de viver que vem de há muitos e muitos anos e diferente de outros sítios do país. Qualquer manifestação deste género pode servir para alavancar um pouco a economia, porque pode também constituir-se como motivação para criar pequenos negócios, como no caso dos artistas que fazem máscaras, isto há uns anos não acontecia. Também há gente a fazer tecelagem das mantas para os fatos dos caretos, que já estava quase desaparecida”, afirmou.

Além destas oportunidades muitas festas de inverno atraem já um grande número de visitantes. É o caso do entrudo chocalheiro de Podence que recebe milhares de visitantes e representa uma receita de 1 milhão de euros para a região, segundo adiantou António Carneiro, presidente da associação do Grupo de Caretos de Podence. “A tradição dos caretos consegue dar uma dinâmica diferente à aldeia que hoje tem quatro restaurantes, 130 camas legalizadas e no carnaval tem 40 espaços para as pessoas comerem. A um mês do evento os hotéis em Macedo, Bragança e Mirandela estão completamente lotados”, contou.

O Carnaval de Podence foi reconhecido como Património Imaterial da Unesco em Dezembro, o que pode potenciar ainda mais a nível turístico a tradição e a aldeia de Macedo. António Carneiro fez questão de frisar que esta não foi uma candidatura isolada.

A tertúlia foi promovida pelo Correio Transmontano. João Sampaio, deste projecto de cidadania e terapia, considera que o debate foi importante para tentar perceber alguns dos desafios relacionados com o reconhecimento como património imaterial. “Falou-se da responsabilidade que toda a gente vai ter, no sentido da defesa da genuinidade e reforçar a ideia de que estas actividades podem ajudar na luta contra o despovoamento”, explicou.

As potencialidades das tradições de inverno e perspetivas face ao despovoamento nas zonas rurais foi o tema em debate no Museu do Abade de Baçal. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

1 comentário:

  1. Embora importantes, estas atividades do setor terciário, promovendo o turismo - um movimento de vai e vem entre as localidades -, podem ajudar a contrariar o despovoamento e o definhar de algumas localidades urbanas do Nordeste Transmontano. Contudo, estão longe de ser as mais relevantes para resolver este grave problema que afeta a generalidade das nossas localidades. Para o efeito, o Poder Central e o Poder Local têm que fomentar e promover outras medidas de apoio recuperação e ao desenvolvimento e/ou das atividades tradicionais do setor primário - a ago-pecuária e a silvicultura - e as do setor secundário - indústria -, sem as quais nem o próprio setor terciário será sustentável. A meu ver, serão sobretudo as atividades económicas dos setores primário e secundário que, com a criação de emprego, poderão contribuir para a fixação e consequente repovoamento das localidades rurais do Nordeste Transmontano.

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