O projecto insere-se no Plano Nacional de Alojamento, lançado pelo Governo, e tem o propósito de criar, a nível nacional, mais 12 mil camas numa década. Em Outubro, Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, garantiu, em Bragança, que ainda em 2019 começariam as obras para criar cerca de 80 camas, sendo que, no total, apontava a criação de 300, entre quatro cidades transmontanas, onde o politécnico brigantino tem oferta formativa. Orlando Rodrigues, presidente do Instituto Politécnico de Bragança, revelou que, para já, foram identificados apenas os edifícios a requalificar. “Da nossa parte, fizemos o que piamos fazer, identificamos edifícios. Mas a questão agora está do lado do Fundiestamo, não temos conhecimento que haja previsão par o arranque das obras”, referiu.
Por agora está a ser feito um estudo de viabilidade económica. O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sobrinho Teixeira, calcula que as obras comecem antes do final deste ano lectivo. “Vai constituir-se um único fundo, para administrar estes quatro empreendimentos, que pela nossa vontade será entregue ao IPB para fazer gestão directa. Penso que em menos de 15 dias teremos o resultado deste estudo, estamos a prever que seja iniciado antes do final deste ano lectivo com o prazo de obra de 1 ano e 3 meses”, avançou.
Os edifícios a recuperar são em Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Chaves. Em Bragança o projecto pode, finalmente, dar vida àquela que deveria ter sido uma escola de hotelaria, junto ao NERBA, mas que está em esqueleto há 30 anos. “Em Bragança, há quatro vivendas da Direcção Regional de Agricultura, com cerca de 20 camas, a antiga residência da Estacada com 40 camas e depois uma construção não acabada junto ao Nerba que se prevê possa albergar 96 estudantes. Em Mirandela, temos dois edifícios com 20 camas, em Macedo a antiga residência, que poderá albergar 76 camas”, explicou.
O politécnico tem perto de nove mil alunos. Sobrinho Teixeira garante que um grande objectivo é conseguir criar ainda mais alojamento que o prometido.
Cumprir o projecto, para Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, é um processo que leva o seu tempo. “É um plano que não se faz de um dia para o outro, a ideia é durante a legislatura se virem a disponibilizar 12 mil camas, este ano já se disponibilizaram 60 camas. É um esforço publico que estamos a fazer”, afirmou.
Em Bragança, o IPB tem duas residências de estudantes, com 340 camas, e três edifícios, no centro histórico, cedidos pela câmara municipal, com outras 80.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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