Os artistas pretendem desafiar à reflexão sobre o período de pandemia que ainda se vive, usando, para isso, o sentido da arte.
Uma das peças é da autoria de Miguel Moreira e Silva, que se viu desafiado por criar a obra para o meio urbano e, por isso, convidou um arquitecto da casa para o ajudar.
“Continua a ser a máscara a referência, só que como o desafio era instalar num espaço urbano associei-me ao Mário Ortega e nós os dois desenvolvemos um conceito numa peça que tem a ver com arquitectura urbana e a interacção das pessoas neste tecido mais urbano”, explicou.
Também Mário Ortega abraçou, com gosto, o convite, que o permitiu sair da zona de conforto.
“Conseguimos ter uma parceria que abre algumas portas, abre um lado mais industrializado ou tecnológico e para mim é uma nova experiência”, acrescentou.
Outra das peças é de Jacinta Costa. Em parceria com o marido, a artista quis assinalar as palavras que a pandemia nos roubou.
“Eu e o Carlos somos designers e conhecemo-nos a trabalhar a pedra e decidimos que deveríamos pegar novamente numa matéria que é rude, áspera e é desafiante conseguir fazer alguma coisa, mas quando conseguimos é arrebatador”, referiu.
José Luís Benites criou uma peça onde as abelhas são o centro das atenções. O artista quis apelar à importância da sustentabilidade.
“As abelhas desaparecerem é o sinal de que alguma coisa está mal. Estamos numa zona em que a apicultura tem uma certa importância até porque nesta zona se produz um mel de excepcional qualidade, portanto é também uma fonte de riqueza para nós”, salientou.
A exposição foi inaugurada na sexta-feira e estará na rua até ao dia 10 de Outubro. O presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias, sublinhou que esta é uma forma de dar mais vida ao centro histórico, numa altura em que há muita mais gente na cidade.
Este colectivo de 11 artistas começou a trabalhar em conjunto em 2019, tendo trazido já uma outra exposição a público.
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